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Você sabia? As três vezes em que a Disney esteve perigosamente perto do fim.

Nem só de sucesso e lucro é feita a história dos estúdios Disney. Para sobreviver e se tornar o que hoje, a companhia enfrentou momentos delicados.

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A Walt Disney Company possui uma história de grandes sucessos, o que é inegável. Muitas de suas produções no cinema e na TV marcaram época e fizeram a empresa ser o que é hoje: conhecida mundialmente.

Ao longo de sua trajetória, no entanto, a Disney amargou alguns momentos não tão bons assim. Na verdade, foram momentos péssimos, que quase a levaram à falência.

Estamos falando de lançamentos que pareceram excelentes aos olhos de quem estava de fora, mas quem acompanhou tudo de perto sabe que eles geraram grandes percalços financeiros.

Apesar de resistir ao tempo, afinal já são 100 anos de história, o cenário vivenciado pelos estúdios Disney nem sempre foi marcado por glórias e sucessos. Veja abaixo alguns exemplos de mal bocados vivenciados pelo império do Mickey Mouse.

1) Fantasia, o fracasso surpreendente

Em plena crise financeira, a Disney apostou todas as fichas no lançamento de “Fantasia”, acreditando que o faturamento ajudaria a pagar as dívidas. No livro “Walt Disney: The Triumph of the American Imagination”, é dito, inclusive, que o presidente do estúdio acreditava que o valor arrecadado seria suficiente para ele se aposentar.

Na prática, a história foi um pouco diferente. Com baixa bilheteria e críticas ruins, o filme não gerou o resultado esperado e isso afetou diretamente a valorização da empresa. Em 1940, por exemplo, as ações da Disney começaram o ano valendo US$ 25. Em dezembro, elas reduziram para somente US$ 4.

Esse foi um momento dramático, que ficou ainda pior com a greve feita por parte dos trabalhadores. Eles reivindicavam salários maiores e melhores condições de trabalho. Os estúdios quase fecharam as portas.

Com o tempo, a crise foi amenizada, e a Disney conseguiu lançar o filme “Dumbo”. A animação agradou um pouco mais do que “Fantasia” e gerou certo lucro, fazendo com que a empresa se reerguesse. A realidade só mudou realmente em 1950, com o lançamento de “Cinderela”, um grande sucesso da companhia.

2) Pinóquio, a decepção histórica

Depois de obter um grande sucesso com o lançamento de “Branca de Neve e os Sete Anões”, em 1937, a Disney pegou todo o lucro e investiu na construção de um novo estúdio, quatro vezes maior que o anterior.

O presidente apostou que os filmes futuros também gerariam lucro e, com essa ideia em mente, liberou US$ 2,3 milhões para produzir “Pinóquio”, filme lançado em 1940. A produção gerou menos de US$ 2 milhões em bilheteria, representando uma das maiores decepções da companhia.

Foi nesse momento que a Walt Disney Productions se viu obrigada a abrir o capital da empresa e vender ações, sob pena de endividamento e possível falência. Ao todo, 155 mil ações foram vendidas para levantar 4 milhões de dólares americanos e manter o negócio aberto.

3) Caldeirão Mágico, o ultimato dado às animações da Disney

Para contrapor a dificuldade de sucesso das animações nas décadas de 1970 e 1980, a Disney decidiu apostar no filme “O Caldeirão Mágico”, que é baseado nos dois primeiros livros da série “As Crônicas de Prydain”, de Lloyd Alexander.

A produção demorou mais de 10 anos para ser concluída. Ela teve início em 1973 e, em 1984, sofreu cortes após os maus resultados obtidos nos testes de exibição realizados com uma amostra do público.

As crianças ficaram apavoradas com a história, e o sinal de alerta foi imediatamente acionado entre os executivos. O lançamento foi adiado para 1985, e o filme foi reeditado.

Ele teve um orçamento de US$ 44 milhões, que era o maior investimento feito em uma animação até então. A arrecadação, no entanto, esteve longe de corresponder a isso. O filme obteve apenas US$ 21 milhões em bilheteria e gerou um tremendo prejuízo para a Disney.

Na época, a empresa chegou a cogitar o fim das animações, mas o departamento foi reestruturado e modificado. O bom desempenho foi restabelecido com o lançamento de desenhos, como “A Bela e a Fera”, “Aladdin” e “O Rei Leão”.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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