Commodities
Risco de envolvimento direto EUA-Irã no conflito do Oriente Médio ‘atiça’ alta do petróleo
Enquanto WTI subiu 1,97% a US$ 85,39 o barril, Brent avançou 2,24% a US$ 89,12 o barril
O crescimento de especulações, em torno de um eventual envolvimento de grandes produtores de petróleo, como o Irã e os Estados Unidos no conflito do Oriente Médio (que pode resultar em problemas de oferta global da commodity), alimentou o viés de alta das cotações futuras do petróleo, na sessão desta quarta-feira (25).
Como reflexo desse quadro alarmante, o petróleo tipo WTI com vencimento em dezembro próximo, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), encerrou a sessão em alta de 1,97% (-US$ 1,65) a US$ 85,39 o barril, ao passo que o tipo Brent para janeiro próximo, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 2,24% (US$ 1,96), a US$ 89,12 o barril.
Também ‘aqueceu’ o noticiário da guerra em Israel a informação de que combatentes do Hamas teriam participado de treinamentos em território iraniano, antes dos ataques a Israel em 7 de outubro. Entre os riscos da guerra, o mais crítico para o mercado envolve a possibilidade de o Irã entrar na guerra, o que implicaria a aplicação de sanções à nação persa, que poderia, inclusive, interromper sua produção e comprimir drasticamente a oferta global.
Também elevou, ainda mais, o estresse dos mercados ante um conflito, sem prazo para terminar, a declaração do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, de que é iminente a invasão terrestre da Faixa de Gaza, sem fornecer maiores detalhes da iniciativa. Enquanto isso, os Estados Unidos haviam solicitado a Israel que prorrogasse a investida, até que este recebesse mais equipamento bélico ianque. Na avaliação de analistas, era justamente o adiamento do ataque israelense que estaria ‘segurando’ os preços do petróleo nos últimos dias.
De acordo com a casa de análises, ActivTrades, devido à volatilidade atual, “se as tensões vierem a baixar, então o petróleo pode se debilitar de novo”. Ao mesmo tempo, no continente sul-americano, enquanto a estatal petrolífera venezuelana PDVSA acaba de assinar dois novos contratos à vista para exportar petróleo e cimento de asfalto, sob a condição de pagamento antecipado em euros, a Argentina manifesta a expectativa de incrementar sua produção da commodity no ano que vem, reportou a consultoria Capital Economics.
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