Economia
Ibovespa deve fechar terceira semana de alta com apoio de bancos
Índice de referência doméstico sobe mais de 3% na semana e mais de 7% no mês.
O Ibovespa está perto de cravar sua terceira semana de alta nesta sexta-feira, expandindo os ganhos mensais, à medida que investidores se preparam para balanços corporativos na esperança de que os resultados das empresas brasileiras já tenham se livrado do pior da pandemia de Covid-19.
Às 15:35, o índice de referência caía 0,46%, a 101.453,74 pontos, mas acumula alta de mais de 3% na semana e mais de 7% no mês. Já no acumulado do ano, a queda é de cerca de 12%.
O volume financeiro da sessão totalizava 17,4 bilhões de reais.
Recentemente, papéis de bancos tiveram forte valorização na bolsa paulista, sustentando o Ibovespa acima dos 100 mil pontos, com analistas chamando a atenção para a defasagem no setor e afirmando que haverá melhora nos lucros, com os níveis de provisões começando a cair.
“Deve confirmar que o pico de provisões ocorreu no primeiro semestre, com a qualidade geral dos ativos se apresentando em melhor forma do que o esperado e apontando para uma queda contínua das despesas de provisão ao longo de 2021”, escreveu o Credit Suisse.
Na terça-feira, Santander Brasil dá início a temporada de balanços no setor na terça-feira, seguido por BRADESCO no dia seguinte. Já Itaú Unibanco reporta resultados em 3 de novembro, Banco do Brasil em 5 de novembro, e BTG Pactual em 10 de novembro.
Gigantes como Petrobras e Vale, também afetadas pela crise, divulgação seus balanços para investidores que têm buscado cada vez mais ativos com melhor retorno do que investimentos atrelados aos juros em mínimas históricas no país.
Klabin, Cielo, Gerdau, GPA, Ambev, Telefônica Brasil, Lojas Americanas e B2W, Suzano e Usiminas também devem divulgar seus resultados na próxima semana.
No exterior, as preocupações vem do aumento de casos de Covid-19 principalmente na Europa, mas também dos Estados Unidos, onde parlamentares e a Casa Branca continuam sem chegar a acordo sobre mais estímulos para fortalecer a economia do país.
Em Wall Street, o índice norte-americano S&P 500 fechará a semana com queda acumulada após quatro semanas de ganhos, mas se mantém no azul no acumulado do mês.
Na B3, o número de investidores ativos já está acima de 3 milhões em setembro, e participantes do mercado seguem enxergando espaço para crescimento, a despeito de um ambiente ainda complicado do ponto de vista fiscal e da recuperação da economia brasileira. A continuidade de planos de ofertas de ações reforça tal premissa.
O índice Small Caps caía 0,1%, a 2.459,52 pontos, mas acumula avanço de 2% na semana e de quase 7% no mês. No ano, a perda acumulada está em cerca de 13%.
Índices setoriais da B3: financeiro (+9,9%), consumo (+5,3%), Energia Elétrica (+5,8%), materiais básicos (+12,4%), setor industrial (+10,65%), imobiliário (+10,5%) e utilidade pública (+4,8%).
Destaques mensais
SANTANDER BRASIL UNIT avança 21%, encabeçando a recuperação dos bancos com esperanças para a série de balanços, que começa com a divulgação de seus resultados no dia 27, antes da abertura do mercado. Deve haver melhora no lucro, mas queda na comparação ano a ano, espera a equipe do Goldman Sach.
CSN ON acumula alta de 30%, em meio a perspectivas sobre o IPO de sua unidade de mineração, mesmo que a participação da companhia operação não tenha sido confirmada. O bom momento também encontra suporte no resultado positivo do terceiro trimestre e a possibilidade de novos aumentos de preços de aço.
WEG ON sobre 25%, entre os líderes em ganhos do Ibovespa neste ano, que está em cerca de 140%, com o forte resultado do terceiro indicando poucos estragos com a crise, enquanto o grupo também trabalha com cenário de retomada nas áreas mais impactadas.
IRB BRASIL RE ON cai 8%, também entre os destaques negativos do ano. A resseguradora tenta recuperar a credibilidade após vários problemas como fraude contábil. Apenas de dados mensais ainda indicarem prejuízo, quando excluídos negócios descontinuados a empresa já está em campo positivo.
LOJAS AMERICANAS PN perde cerca de 9%, mantendo o declínio iniciado final de julho, após oferta de ações no valor de 10 bilhões de reais. A controladora da B2W reporta seus resultados também na semana que vem.

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