Economia
XP reduz projeção para IPCA por ‘inflação comportada’
Índice de Preços ao Consumidor Amplo.
A XP Investimentos divulgou relatório afirmando que reduziu a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 alegando uma “inflação comportada”.
De acordo com a corretora, a inflação medida pelo IPCA-15 de outubro, uma prévia do IPCA, ficou com 0,21% em outubro de 2023.
“O resultado mensal levou o índice para 5,05% no acumulado em doze meses. De maneira geral, o número pode ser lido como benigno, uma vez que as medidas de inflação subjacente – que tentam suavizar o IPCA para identificar a tendencia central da inflação – seguem em queda, se aproximando da meta de 3,0%”, destacou.
E disse mais: “diante das surpresas benignas de curto prazo e pela redução nos preços da gasolina pela Petrobras, reduzimos a projeção para o IPCA de 2023 de 4,8% para 4,5%. Para 2024, nossa projeção se mantém em 3,9% com viés de baixa.”
Reforma tributária
No mesmo relatório, a XP ressaltou que o senador Eduardo Braga, responsável pela reforma tributária no Senado, apresentou seu parecer sobre a PEC 45/2019 à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O texto incluiu o aumento do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR) de R$ 40 bilhões para R$ 60 bilhões e revisões quinquenais dos benefícios tributários para certos setores.
O relatório sugere limitar a carga tributária a uma fração do PIB, baseando-se na receita de 2012 a 2021. A proposta trouxe também a criação de duas cestas básicas, a nacional, com alíquota zero, e a estendida, com redução de tributação de 60%.
“Conforme esperado, o parecer apresentou um mecanismo de devolução de impostos (cashback) na conta de energia das famílias mais pobres. Além disso, o relatório prevê uma alíquota intermediária para profissionais liberais (desconto de 30% do Imposto sobre Valor Agregado), a taxação de até 1% sobre a extração de minérios e petróleo, e a inclusão de mais setores no regime específico, como: serviços de saneamento e de concessão de rodovias, telecomunicações, agências de viagem e turismo”, explicou.
Também disse que apesar da expectativa pela votação do texto na Comissão de Constituição e Justiça e no Plenário daqui duas semanas, o Feriado de Finados pode atrasar o cronograma. Aprovada no Senado, a matéria voltará à sua casa iniciadora, a Câmara dos Deputados, onde deverá ser promulgada.
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