Economia
Atestado de recuperação pós-pandemia, receita do turismo deve crescer 11,5% este ano
FecomercioSP: maior investimento de brasileiro em viagens é o fator determinante do avanço
Atestado de recuperação consistente após a pandemia, o setor de turismo deve apresentar crescimento de receita de 11,5% este ano, conforme dados divulgados, nesta sexta-feira (3) de levantamento elaborado pelo Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Na avaliação da entidade, a expansão expressiva da atividade decorre do fato de que mais brasileiros estão investindo em viagens, o que mantém a perspectiva de o setor continuar aquecido nos próximos meses à medida que se aproxima o final do ano.
Outro fator de estímulo ao trading turístico estaria relacionado com a expansão da agenda do mercado de turismo corporativo, que inclui a realização de feiras e eventos. De acordo com estimativas, no período de janeiro a agosto, o setor registrou elevação financeira superior a R$ 12 bilhões ante o mesmo período do ano passado, o que corresponde a uma alta de quase 11%.
Receita de R$ 3,9 bilhões – Também relevantes para confirmar a saúde financeira do segmento são os dados das companhias aéreas – um dos destaques da pesquisa da FecomercioSP – que responderam pela movimentação de 8,2 milhões de pessoas em agosto último, equivalente a uma receita de R$ 3,9 bilhões, que constitui o maior registro da série histórica da federação, iniciada em 2011. Levando em conta o faturamento acumulado de janeiro e agosto, o crescimento chegou a 17,1%, no comparativo anual.
No que toca aos meios de hospedagem, este segmento contribuiu com uma expansão de 9,8% ao resultado geral, ao faturar R$ 1,6 bilhão, em agosto último, em decorrência, entre outros fatores, pela alta no preço médio das diárias no Brasil, de 18% no período, de acordo com informações do Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB).
Entre as atividades relacionadas aos setores, em agosto, coube destaque às culturais, recreativas e esportivas (2,7%) e as agências, operadoras e outros serviços de turismo (2,5%), ao passo que o transporte rodoviário recuou 11,1%, devido à maior competitividade de preços com o setor aéreo, que baixou a tarifa média, também em agosto. No mês seguinte, porém, os preços voltaram a crescer (13,47%), em razão do impacto de grandes eventos, como o festival ‘The Town’, em São Paulo (SP). Já as hospedagens apresentaram reajustes em torno de 1,17%.
Em que pese os resultados positivos da atividade, a FecomercioSP faz alusão à forte expansão de custos, que pressionam os preços finais ao consumidor.
Se a expansão da demanda é um fator a ser comemorado, também faz pressão sobre os custos, inflacionando, como consequência, os preços do setor. Em outro estudo, relativo a setembro, a FecomercioSP aponta que a inflação no setor do turismo brasileiro subiu 8,26% no acumulado de 12 meses, ainda assim, inferior à inflação oficial (IPCA), acumulada em 5,19% até outubro.
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