Economia
Prêmios, avanço de Treasuries e desconforto fiscal induzem alta de juros futuros
Enquanto na ponta ‘curta’, taxa DI subiu para 10,870%, na ‘longa’, taxa atingiu 11,28%
Recuperação de prêmios devolvidos em sessões anteriores; aumento do rendimento (yeld) dos Treasuries no exterior e desconforto com a questão fiscal, no ambiente doméstico. Mediante essa ‘sopa’ de fatores, os juros futuros exibiram viés de alta firme, na sessão dessa segunda-feira (6).
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 cresceu de 10,822%, no ajuste de sexta-feira (3) para 10,870%; a do DI para janeiro de 2026 passou de 10,60% para 10,72%; o DI para janeiro de 2027 aumentou de 10,77% para 10,90%; e a do DI para janeiro de 2029, saltou de 11,16% para 11,28%.
No detalhe do front interno, o destaque do dia é o desconforto inconfesso dos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, respectivamente, com relação às incertezas fiscais, a despeito do apoio ‘emprestado’ por ambos ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e sua ‘profissão de fé’ na meta de déficit primário zero no ano que vem, o que tem despertando desconfianças renitentes do mercado. Nesse aspecto, nem mesmo a expectativa positiva quanto ao avanço das pautas econômicas no Congresso Nacional amenizou o ‘azedume’ do ambiente.
A proximidade de divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária) nessa terça-feira (7) – que pode oferecer ideia mais precisa de como se comportará o ciclo de cortes da Selic – afetou menos as taxas curtas, que acabaram fechando a sessão com avanço moderado. Fora essa exceção, todos as demais taxas apresentaram alta firme, em especial, nos vértices a partir de 2030.
No front externo, até a semana passada, predominava no mercado o discurso ‘dovish’ do presidente do Fed, Jerome Powell, ao admitir que os dados do payroll (relatório de empregos ianque), que vieram abaixo do esperado, reforçou a interpretação de que o ciclo de aperto monetário teria chegado ao fim, o que foi reconsiderado pelo comandante do bc ianque.
Para o estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz, “muita gente ainda se pergunta se a alta de juros realmente acabou e a percepção é de que um corte também não chega antes do segundo semestre”.
Já no final da tarde, os retornos dos Treasuries passaram por mais uma fase de máximas, depois de o Fed divulgar relatório em que os bancos admitem uma demanda mais fraca por empréstimos de empresas de todos os portes, em meio a um cenário marcado pela elevação da incerteza na economia e tolerância menor a riscos. Como reflexo, a taxa da T-Note de dez anos ficou em 4,64%.

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