Economia
Dívida dos EUA é uma ‘bomba’ que pode implodir a economia global
Alerta é do investidor bilionário Jeffrey Gundlach, para quem o déficit ianque é ‘insustentável’
Se aqui, em terras tupiniquins, a desgastada proposta de meta de déficit zero no ano que vem, causa celeuma e desconfiança, sua versão ianque exibe uma proporção muito mais grave, por impor riscos de produzir danos permanentes e fatais para a economia global que conhecemos.
Que o diga o investidor bilionário Jeffrey Gundlach, também chamado de o ‘Rei dos Títulos de Dívida’, que manifestou a preocupação de que a eventual insustentabilidade da dívida dos EUA (avaliada em US$ 22 trilhões) ‘descambe’ em uma grande crise econômica da nação ianque, com efeitos imprevisíveis.
Déficit ‘insustentável’ – Ao ser entrevistado pela rede estadunidense CNBC, Gundlach alertou que a manutenção, por longo tempo, de taxas de juros elevadas, pode tornar o atual déficit federal – que deve encerrar o ano em US$ 1,7 trilhão – “totalmente insustentável”.
“Taxas de juros mais altas por um período prolongado significam que temos um enorme problema de gastos com juros neste país que será, eu acredito, a próxima crise financeira”, previu o bilionário investidor.
Confirma tal tendência sombria, o fato de as despesas orçamentárias estadunidenses americanas terem atingido níveis sem precedentes, em que o Tesouro dos EUA será obrigado a buscar um empréstimo superior a US$ 1 trilhão, por meio de Treasuries de curto prazo até o final deste ano, como forma de preservar suas reservas de liquidez.
Outro indicador alarmante é a duplicação da carga da dívida (juros sobre empréstimos públicos) no período de 2015 a 2023 que, segundo ele, é uma questão que deverá ser priorizada pelo governo, como principal item de despesa federal até 2051.
Ao deixar claro não ser a favor de que se mantenha uma situação de excesso de liquidez, o megainvestidor disse acreditar que “as taxas vão cair quando entrarmos em recessão no início do próximo ano”, previu, ao acrescentar: “Eu não gosto de liquidez, porque acredito que a taxa de juros, atualmente muito atrativa, poderia diminuir substancialmente no próximo ano”.
Para obter altos rendimentos, a sugestão de Gundlach é o investimento em títulos de curto prazo. “Eu preferiria investir em papéis com duração de dois a três anos. Pelo menos você obtém um rendimento de cerca de 8% por mais de seis meses”, explicou.
Enquanto os mercados futuros projetam um corte de 50 pontos-base (0,50 ponto percentual) no ano que vem pelo Federal Reserve (Fed), Gundlach prevê que que o bc ianque irá muito além: “Eu acredito que as taxas permanecerão altas por um período prolongado, o que não é meu cenário-base, mas reconheço que é uma possibilidade; mas se a economia se comportar como eu prevejo, o Fed não reduzirá as taxas em 50 pontos-base, ele as reduzirá em 200 pontos-base [2 pontos percentuais, p.p.]”, calculou.
Além dos também bilionários, investidores Jamie Dimon, Stanley Druckenmiller e Ray Dalio – que ‘soaram o alarme’ nos últimos meses, a respeito do déficit explosivo – o controvertido Peter Schiff descreveu a situação da dívida estadunidense como uma “pirâmide de Ponzi”, prestes a implodir e a desencadear uma crise financeira mais grave do que a de 2008 e pior do que a dos anos 30 (o crack da Bolsa de Nova Iorque).

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