De lá para cá: a jornada das compras asiáticas até o 'buraco negro' curitibano!

As compras online são uma realidade na vida dos brasileiros há um bom tempo, mas isso ganhou ainda mais força recentemente, graças à pandemia de Covid-19 e a muitos outros fatores. Afinal, o leque de opções é muito mais amplo, isso sem falar na comodidade de se dar os “mimos” com apenas alguns cliques ou toques na tela.

Como se não bastasse, ainda existem os sites que vendem produtos internacionais, muito populares por seus preços mais acessíveis do que aqueles praticados no comércio local, principalmente quando comparados às lojas físicas espalhadas pelo Brasil.

No entanto, o comércio digital não vive apenas de vantagens, pois ao comprar produtos de outros países, os clientes podem ter que aguardar um longo período até receberem seus pedidos. Pensando nisso, vamos elucidar o que é o famoso — e temido — “buraco negro de Curitiba”.

O ‘buraco negro de Curitiba’ e seus efeitos nas compras internacionais

Inicialmente, é necessário desmistificar um ponto. O “buraco negro” em questão não está localizado apenas em Curitiba. Isso ocorre porque, ao comprar algo do exterior, a maioria das entregas faz uma escala em um Centro Internacional de Distribuição, que possui pontos em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Portanto, tudo depende da logística.

É exatamente nesses centros de distribuição que o pedido pode ficar retido por um bom tempo até finalmente ser enviado para o cliente. Isso ocorre porque é nesse momento que a nota fiscal do produto passa por análise da Receita Federal e de outros órgãos fiscalizadores, como a Anvisa, Anatel, Polícia Federal e até mesmo o Exército.

Portanto, é por esse motivo que seu pedido pode ficar estagnado no “buraco negro”. Porém, se tudo estiver em conformidade, ele será enviado normalmente. Em alguns casos, a demora é menor, enquanto em outros, maior.

Agora, com o programa Remessa Conforme do governo federal, espera-se que o tempo das entregas internacionais seja reduzido. Isso ocorre porque as empresas participantes precisam se adequar a um padrão rigoroso estabelecido pelos órgãos brasileiros. Tudo isso visa acelerar o processo e mitigar os tributos, como o Imposto de Importação.