Economia
Inadimplência cai a mínima recorde em setembro e bancos públicos reduzem provisões a menor nível de 2020
Taxa de inadimplência atingiu 3,1% em setembro, de 3,3% no mês anterior.
O Banco Central divulgou dados nesta segunda-feira que mostram que a inadimplência no segmento de recursos livres, em que instituições financeiras são livres para determinar taxas de juros, retomou uma queda em setembro e renovou a mínima recorde.
A taxa de inadimplência atingiu 3,1% em setembro, de 3,3% no mês anterior, menor patamar da série história iniciada em março de 2011.
Na esteira desse movimento, os bancos públicos cortaram seu nível de provisionamento ao menor nível visto neste ano.
Apesar dos temores ligados à incapacidade de pagamento de empresas e famílias por causa da crise da pandemia de coronavírus, a redução na inadimplência vem sendo observada desde junho.
De janeiro até outubro, o recuo da inadimplência já é de 0,6%.
Há alguns meses, o próprio BC admitiu que alguns fatores poderiam estar ajudando nessa queda, como renegociações e repactuações dos financiamentos e a possibilidade de postergação de parcelas instituída por bancos.
Outro fator de contribuição foi o pagamento do auxílio emergencial, que sustentou a renda aos brasileiros com a concessão de 600 reais a informais e vulneráveis de abril a agosto. De setembro a dezembro, o valor foi reduzido para 300 reais. A previsão do governo é que o programa custará 321,8 bilhões de reais no total.
O adiamento do pagamento de dívidas teve sucesso em aliviar a liquidez de curto prazo dos clientes bancários e em manter a solvência das instituições financeiras, mas pode ter atrasado a materialização do risco de crédito, disse o BC em seu Relatório de Estabilidade Financeira publicado mais cedo neste mês.
De acordo com a autoridade monetária, os bancos públicos cortaram seu provisionamento a 5,6% em setembro, contra 5,7% em agosto e ao menor nível do ano.
Mesmo continuando acima de fevereiro (8,1%), a provisão para perdas de bancos privados nacionais foram diminuídas a 8,5%, ante 8,7% no mês anterior. As instituições financeiras estrangeiras, por sua vez, mantiveram o índice estável em 5,3%, frente 4,9% em fevereiro (pré-pandemia).
Crédito
Os juros médios para financiamentos no país tiveram queda pra 25,7% ao ano em setembro, ante 26,5% em agosto, levando em conta somente o segmento de recursos livres.
O spread, que indica a discrepância entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada a seus clientes, perdeu 1 ponto no mesmo período, a 21,1%.
O estoque total de crédito no Brasil, incluindo o crédito direcionado, cresceu 1,9% no mês passado sobre agosto, a 3,810 trilhões de reais, chegando a 52,8% do Produto Interno Bruto (PIB).
De janeiro a setembro, a alta acumulada do crédito geral no país é de 9,5%, e no acumulado de 12 meses é de 13,1%.
Para este ano, o BC aumentou sua previsão de crescimento do crédito a 11,5%, contra 7,6% anteriormente, especialmente pela grande procura de crédito das empresas em meio à pandemia de coronavírus.

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