Economia
Focus reduz, pela segunda vez seguida, estimativa de inflação para 2023
Mercado financeiro volta a reduzir IPCA para 2023, que baixou de 4,59% para 4,55%
Pela segunda vez seguida, a projeção do Boletim Focus – consulta semanal às 100 maiores instituições financeiras do país pelo Banco Central (BC) – para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano apresentou recuo. Depois de cair de 4,63% para 4,59%, a estimativa agora é de que o indicador encerre 2023 em 4,55%.
Em contraponto, para o ano que vem, a expectativa do mercado é de que a inflação oficial, que havia subido de 3,91% para 3,92%, voltou a retroceder a 3,91%, após três semanas consecutivas de alta. Estáveis ficaram as previsões para 2025 (3,5% há 17 semanas) e para 2026 (3,5% há 20 semanas).
Em relação aos preços administrados, também medidos pelo IPCA, houve o sétimo recuo seguido, desta vez, de 9,38% para 9,18%, ao passo que a expectativa para o próximo ano foi reduzida, pela segunda vez, de 4,46% para 4,43%. Para 2025, houve avanço de 3,96% para 3,99%, enquanto que para 2026, a previsão foi mantida em 3,50%, pela 17ª semana seguida.
Ao mesmo tempo, a deflação do IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) – também conhecido como ‘inflação de aluguel – foi mantida -3,55% para este ano, ao passo que para 2024, houve alta de 4,03% para 4,07%, enquanto continuaram em 4% para 2025 e 2026.
Cai previsão para o PIB – Depois de breve estabilidade, na semana anterior, a previsão do PIB para este ano foi reduzida de 2,89% para 2,85%. Para o próximo ano, o prognóstico foi mantido em 1,5%, como há nove pesquisas. Igualmente foi mantida, em 1,93%, a expectativa de crescimento para 2025, assim como para 2026, estabilizada há 15 semanas em 2%.
Estabilidade generalizada registrou a ‘aposta’ do mercado com relação à Selic (taxa básica de juros): em 11,75% ao ano para este ano; 9,25% ao ano para 2024; em 8,75% ao ano para 2025; e em 8,50% ao ano para o ano seguinte.
Enquanto se manteve em R$ 5, a estimativa para o dólar no final deste ano, a de 2024 caiu de R$ 5,08 para R$ 5,05; a de 2025 recuou de R$ 5,11 para R$ 5,10, e a de 2026, foi reduzida de R$ 5,20 para R$ 5,18.
Déficit tem viés estável – No plano das contas públicas, a previsão de resultado primário deste ano estacionou num déficit de 1,10% do PIB, como há sete semanas, como também foi mantida -0,80% do PIB a de 2024; e em -0,60% do PIB para 2025. Para 2026, a projeção piorou, ao aumentar de -0,40% do PIB para -0,45% do PIB.
Na mesma ‘toada’, a projeção para a dívida líquida do setor público ‘se agravou’ em todos os anos pesquisados, passando de 60,70% do PIB para 60,83% do PIB em 2023; de 63,65% do PIB para 63,88% do PIB para 2024; de 65,90% do PIB para 65,95% do PIB, em 2025 e subindo de 67,65% do PIB para 67,75% do PIB, no ano seguinte.
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