Produção industrial vai a 50 pontos, aponta Sondagem Industrial da CNI

Embora tenha avançado para 50 pontos, no índice geral, a produção industrial brasileira apresentou desempenhos distintos, na passagem de setembro para outubro, dependendo do porte da indústria, de acordo com a Sondagem Industrial, divulgada, nesta terça-feira (21) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Enquanto as pequenas empresas tiveram aumento restrito (50,9 pontos), as médias registraram estabilidade (49,8 pontos) e as grandes exibiram redução de atividade (49,1 pontos). Ainda assim, a intenção de investimento se mantém acima da média histórica.

Pela regra, acima da margem de corte de 50 pontos, o indicador atesta aumento de produção, e abaixo, recuo. Na média dos meses de outubro, o índice ficou em 51,6 pontos. Foram entrevistadas 1.640 empresas entre 1º e 13 de novembro de 2023.

Ao destacar que o nível de estoques se aproximou do planejado pelas empresas no mês passado, o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que “esse comportamento dos estoques favorece o aumento da produção na eventualidade de uma futura alta da demanda”.

Em outro indicador, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) registrou elevação de um ponto percentual (0,01 p.p.), passando de 71%, patamar que continua inserido na média histórica e segue dentro da média para os meses de outubro.

Intenção de investimento cresce – Já o índice de intenção de investimento cresceu 1,1 ponto, na passagem de outubro para novembro, indo a 55,6 pontos, quatro pontos acima da média histórica da série, o que denota viés de expansão.

Na mesma direção, a pesquisa mostra que a intenção do empresário é de ampliar as compras de matérias-primas neste mês, conforme refletem os índices de demanda e de compras de matérias-primas, situados na marca de 51 pontos, ainda assim, abaixo das médias históricas para o mês.

Ligeiramente aquém da linha divisória de 50 pontos, ficaram os índices de expectativa de quantidade exportada e de número de empregados, o que pressupõe a expectativa de manutenção dos níveis atuais, nos próximos seis meses. Em que pese o viés de estabilidade, o indicador de contratação de mão-de-obra se situa acima da média histórica para o mês.