Brasil expande embarques de petróleo à China e é o 3º maior importador em setembro

O Brasil subiu para a terceira posição no ranking de fornecedores de petróleo bruto à China em setembro, de acordo com dados de importação divulgados no domingo, ao passo que os refinadores independentes chineses compraram suprimentos baratos e de qualidade moderadamente boa dos brasileiros.

O país sul-americano embarcou 4,49 milhões de toneladas do produto no mês passado, contra 2,96 milhões de toneladas um ano antes, segundo dados da Administração Geral de Alfândega chinesa.

O Brasil ultrapassou o Iraque, que recuou para o posto de quinto maior fornecedor.

Nos nove primeiros meses deste ano, as importações pela China aumentaram para 33,69 milhões de toneladas, salto de 15,6% ante 2019, segundo levantamento da Reuters.

Em julho, a Petrobras havia afirmado que a China foi responsável por 70% das exportações de petróleo do Brasil.

No primeiro lugar do ranking de importadores de petróleo para a China ficou a Arábia Saudita, que recuperou o primeiro lugar após perder a posição para a Rússia nos dois meses anteriores.

Os sauditas venderam 7,78 milhões de toneladas, ou 1,89 milhão de barris por dia (bpd), contra 1,24 milhão de bpd em agosto.

Segundo cálculos da Reuters, a Rússia importou 7,48 milhões de toneladas no mês passado, ou 1,82 milhão de bpd, aumento de 18,6% ante ao ano anterior e de 32,8% sobre agosto.

De janeiro a setembro de 2020, a Rússia continuou sendo o maior vendedor da commodity, com 64,62 milhões de toneladas vendidas, 16% a mais o que no ano anterior.

Já a Arábia Saudita totalizou 63,57 milhões de toneladas, acréscimo de 6,5% no ano.

As exportações dos EUA expandiram para 3,9 milhões de toneladas em setembro, muito superior às 517.982 toneladas registradas um ano antes.

Também no acumulado do ano até setembro, os chineses ficaram com 13% a mais de petróleo do que no ano passado, à medida que os refinadores expandiram a produção para atender à rápida retomada da demanda e engordaram os estoques de petróleo barato a taxas históricas.