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Economia

Instituto Aço Brasil: Investimentos do setor podem chegar a R$ 50 bi até 2027

BTG vê tempestade perfeita.

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O investimento no setor de aço brasileiro deve somar R$ 12,5 bilhões este ano e, no período de 2024 a 2027, chegar a R$ 50 bilhões, conforme estimativas do Instituto Aço Brasil.

Em documento encaminhado ao mercado, a entidade afirmou que estes investimentos estão ameaçados pela invasão do aço chinês.

Segundo o presidente do Conselho Diretor da entidade, Jefferson De Paula, enquanto as importações avançaram 48,6%, as vendas internas recuaram 6,8% entre abril e outubro.

Ele chama a atenção para a evolução desde o ano 2000, quando o volume de importação da China era de 12 mil toneladas, que se dissolviam no total de importação brasileira, de 930 mil toneladas.

Também traz que em 2023, na janela de janeiro a outubro, o Brasil importou 2,36 milhões de toneladas do país asiático, mais do que a metade do total de compras do exterior, de 4,2 milhões de toneladas.

O impacto das importações diretas neste ano, conforme estimativas da entidade, é de perda de faturamento na ordem de R$ 30,6 bilhões; impostos diretos não pagos pelo setor de R$ 5,13 bilhões; perda efetiva de arrecadação de R$ 2,8 bilhões; e 248 mil empregos exportados.

Siderurgia brasileira

“Em todos esses anos de atuação no setor, não nos lembramos de um trimestre tão deprimente para a siderurgia brasileira”, disse o BTG em relatório divulgado dia 20.

Parece estar em jogo uma tempestade perfeita, elencou, com fracas condições de demanda, queda dos preços do aço e níveis de rentabilidade insustentavelmente baixos.

Também disse que o impressionante aumento das importações de aço para o país (as importações aumentam quase 60% a/a) e as fracas tendências globais de preços estão exercendo uma pressão negativa adicional sobre a indústria.

Consequentemente, a indústria enfrenta centenas de demissões e solicita frequentemente apoio governamental sob a forma de tarifas de importação mais elevadas. “O nosso cenário base é de manutenção da situação. É reconfortante ver balanços pouco alavancados (com exceção da CSN, acima de 2,5x), o que implica que o setor está bem-posicionado para suportar estes tempos difíceis. Entretanto, a nossa convicção em recomendar ações do segmento de aço também caiu para as mínimas de vários anos, e vemos mais valor em outros lugares. A Gerdau é a nossa única recomendação de compra no setor (GOAU continua sendo nossa preferência), mas as contínuas revisões negativas dos lucros deverão pressionar os preços das ações no curto prazo (vemos ações a 4x EV/EBITDA 24 e um yield de geração de caixa de ~10%).”

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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