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Economia

Índia vê rápido crescimento no consumo de etanol; Tailândia reduz perspectivas

Usinas indianas deverão expandir a produção de etanol de 1,9 bilhão de litros em 2020 para 3 bilhões de litros em 2021.

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A produção e o consumo de etanol da Índia devem registrar crescimento acelerado nos próximos anos, conforme o governo trabalha para aumentar as misturas do biocombustível no país, informou nesta segunda-feira uma autoridade do setor.

As usinas do país, que é o terceiro maior mercado de combustíveis do mundo, deverão expandir a produção de etanol de 1,9 bilhão de litros em 2020 para 3 bilhões de litros em 2021, objetivando cumprir a meta do governo de acrescentar 10% do biocombustível à gasolina até 2022, disse Abinash Verma, diretor-geral da Associação de Usinas de Açúcar da Índia (ISMA). A mudança demandaria um volume de 5,5 bilhões de litros de etanol.

Em apresentação na Datagro International Sugar & Ethanol Conference, Verma afirmou que “o governo está muito interessado no programa de etanol, vai ajudar a desenvolver a capacidade de produção”.

Atrás somente dos Estados Unidos, Brasil, China e Canadá como maior produtora de etanol do mundo, a Índica encara o programa para o aumento da mistura do biocombustível como uma maneira de cortar os custos com importações de petróleo, aumentar os preços mundiais do açúcar e apoiar a redução das emissões de carbono.

De acordo com Verma, o aumento na produção de etanol estimularia o país a reduzir seus excedentes de açúcar. Os embarques do adoçante têm um custo alto para o governo, por conta de subsídios concedidos à indústria para tornar essas exportações competitivas.

Ainda segundo a autoridade, o governo pretende progredir para uma mistura de 20% de etanol até 2030, o que exigiria de 10 bilhões a 11 bilhões de litros do biocombustível por ano. Haverá financiamento público para que as empresas aumentem sua capacidade de produção, acrescentou Verma.

Outro país que está elevando a mistura é a Tailândia, que também é uma grande produtora de açúcar e etanol, mas que cortou sua meta de longo prazo por esperar que a participação dos veículos elétricos no mercado vá crescer.

Na mesma teleconferência, o presidente da associação de produtores de etanol KTBE, Pipat Suttiwisedsak, disse que a Tailândia reduziu a meta para a mistura para 7,5 milhões de litros por dia, de de 11,3 milhões de litros por dia antes.

Contudo, levando em conta que o consumo atual de etanol é de aproximadamente 4,45 milhões de litros por dia, ainda há lugar para crescimento, completou Suttiwisedsak.

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