BRF vai recomprar ações de sua própria emissão

A BRF (BRFS3) anunciou ontem que seu Conselho de Administração aprovou um programa de recompra de até 14 milhões de ações ordinárias, com um prazo de 18 meses, de acordo com comunicado divulgado pela empresa.

O período para a aquisição terá início em 8 de dezembro deste ano, conforme indicado pela processadora de alimentos.

Também ontem o JPMorgan rebaixou a recomendação para as ações da processadora de alimentos de “compra” para “neutro”.

Esse movimento ocorreu após o preço das ações ter aumentado 78% no acumulado do ano, aproximando-se do preço-alvo, conforme estimativas que superaram o consenso.

O banco observou que a recuperação da BRF está progredindo de forma consistente, impulsionada pela oferta subsequente deste ano, que contribuiu para melhorar a estrutura de capital e resultar em custos de dívida mais baixos. Além disso, o programa de eficiência “BRF Mais” está colocando os indicadores-chave de desempenho da empresa de volta nos trilhos.

A ação BRFS3 encerrou o dia 7 cotada a R$ 13,70.

BRF (BRFS3)

O JPMorgan destacou dinâmicas de mercado favoráveis, como custos de ração em mínimos de vários anos, fornecimento de frango in natura atingindo o pico e preços de alimentos processados mantendo-se robustos. No entanto, os analistas consideram que as avaliações da BRF já refletem em grande parte esses aspectos positivos.

Diante disso, o banco recomenda que os investidores aguardem por um ponto de entrada com uma avaliação mais favorável ou maior visibilidade sobre as margens do negócio internacional de frango. Os analistas veem o ano de 2024 como um período de transição, e o preço-alvo para dezembro de 2024 permanece inalterado em R$ 15,5 por ação.

A empresa

A BRF é uma empresa transnacional brasileira do ramo alimentício, fruto da fusão entre Sadia e Perdigão, duas das principais empresas de alimentos do Brasil.

A operação foi anunciada em 2009 e concluída em 12 de junho de 2013 após a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Concluído o processo, Sadia e Perdigão encerraram as atividades como empresas e tornaram-se marcas do portfólio da BRF.