Preços do petróleo avançam com interrupções no Golfo dos EUA e previsões de demanda fraca

Os preços do petróleo estavam em alta nesta terça-feira em meio a paralizações na produção do Golfo do México, controlado pelos EUA, por causa da passagem um furacão, mesmo com os ganhos sendo limitados pelo crescimento no número de casos de coronavírus e aumento da oferta na Líbia.

Às 09:44 (horário de Brasília), o Brent avançava 0,10 dólar, ou 0,3%, a 40,56 dólares por barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) ganhava 0,22 dólar, ou 0,6%, a 38,78 dólares o barril. Na véspera, ambos os contratos caíram mais de 3%.

“Embora o furacão Zeta possa proporcionar um alívio aos preços nas atuais circunstâncias, será muito breve”, afirmou Tamas Varga, da corretora PVM. “O clima está, de fato, azedo”, acrescentou.

Os preços da commodity caíram por causa do aumento global nos casos de Covid-19 e incertezas sobre o acordo de um pacote de auxílio fiscal em resposta ao coronavírus nos EUA. Mesmo nesse cenário, presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, afirma que espera fechar um acordo antes da eleição de 3 de novembro.

“O número crescente de infecções, lockdowns e restrições de viagens é uma ameaça séria. A situação no momento parece mais pessimista”, disse Paola Rodriguez-Masiu, da Rystad Energy.

Segundo a companhia nacional de petróleo da Líbia, a produção do país deve chegar a 1 milhão de barris por dia nas próximas semanas, complicando as medidas tomadas pela Opep e aliados para restringir a oferta.

Depois de realizar cortes recordes na produção deste ano, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) está analisando expandir a produção em 2 milhões de bpd a partir de janeiro.

Contudo, na quinta-feira passada, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou não descartar a prorrogação dos cortes.