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Economia

Governo vê PIB per capita perto do Chile até 2031 em cenário transformador de reformas

Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Brasil cresceria 37,2% no acumulado de 2020 a 2031 com realização de reformas.

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Com o cumprimento da agenda de reformas que abordem não apenas o lado fiscal, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Brasil aumentaria 37,2% no acumulado entre o ano-base de 2020 e 2031, próximo do que é visto atualmente no Chile e na Hungria, estimou o governo brasileiro nesta terça-feira.

A Estratégia Federal de Desenvolvimento para o Brasil (EFD) para o período, lançada nesta terça-feira por meio de decreto, incluiu a projeção, que faz parte do chamado cenário transformador.

O cálculo é de que o PIB per capita teria um crescimento de 19,1% no mesmo intervalo de tempo somente com as reformas fiscais para “evitar trajetória explosiva da dívida pública”.

No anexo do decreto, o governo explicou que a diferença entre os percentuais “ilustra para a sociedade o potencial de melhora qualitativa e substancial da economia caso se opte por um processo de reformas estruturais mais profundas”.

No cenário transformador, o governo considerou não somente as reformas requeridas para o equilíbrio fiscal de longo prazo, mas também reformas mais amplas para elevar a produtividade geral da economia em 1% ao ano, em média, e a taxa de investimento para 19,5% do PIB na média de 2021 a 2031.

Dessa forma, o avanço anual médio de 2021 a 2031 do PIB per capita seria de 2,9% e o do PIB, de 3,5%.

Por sua vez, no cenário de referência, o crescimento anual médio do PIB per capita seria de 1,6% e o do PIB, de 2,2%.

Sem medidas para assegurar o equilíbrio fiscal, haveria crescimento nulo ou até variação negativa do PIB per capita no acumulado até 2031, calculou o governo.

“O atual nível elevado da dívida pública, que foi significativamente prejudicado pela crise da pandemia da Covid-19, combinado à trajetória de crescimento insustentável de um conjunto de despesas permite inferir que, caso as reformas necessárias não sejam implementadas, a probabilidade de uma crise fiscal e econômica nos próximos anos aumentará significativamente”, escreveu no decreto.

Nesse caso, pontuou o governo, seria difícil quantificar os efeitos.

“Não obstante essa grande incerteza sobre os números exatos que poderiam ser verificados em um cenário de crise, o quadro indica com bastante clareza o elevado custo social de não executar medidas que garantam o equilíbrio fiscal estrutural e adia a resolução do desajuste fiscal até que medidas mais drásticas sejam necessárias”, acrescentou.

Na Estratégia Federal de Desenvolvimento para o Brasil, o governo considerou como objetivo chegar em 2031 com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,808 no cenário de referência e 0,842 no cenário transformador, contra 0,761 alcançado em 2018, pela PNUD.

O Ministério da Economia disse em nota que o lançamento da estratégia para os próximos anos abrirá espaço para a comparação dos resultados registrados com os demais países do mundo, sendo esta uma das premissas para entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“O alinhamento às práticas da OCDE irá auxiliar o país a impulsionar o crescimento econômico sustentável, reduzir desigualdades socioeconômicas e regionais, fortalecer o combate à corrupção e aumentar a transparência e eficiência na ação governamental”, argumentou o ministério.

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