Prévia da inflação oficial de 2023 fica em 4,72%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial do país, registrou uma variação de 0,40% em dezembro, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (28). Com esse desempenho, a inflação acumulada no ano de 2023 encerra em 4,72%, inferior aos 5,90% de 2022.

Em comparação com novembro, o IPCA-15 de dezembro apresentou um aumento de 0,07 ponto percentual. Esse resultado foi impactado principalmente pelo aumento de 9,02% no preço das passagens aéreas, que contribuiu com 0,09 ponto percentual. O setor de transportes teve o maior peso na inflação mensal, com uma contribuição de 0,16 ponto percentual. Ao longo de 2023, os bilhetes de avião registraram uma elevação de 48,11%.

Em contrapartida, houve alívio nos custos para os consumidores em relação aos combustíveis, que apresentaram uma queda de 0,27% em dezembro. O óleo diesel teve uma redução de 0,75%, o etanol de 0,35% e a gasolina de 0,24%, enquanto o gás veicular aumentou 0,08%.

Inflação

O segundo maior impacto no aumento de dezembro foi observado no grupo de alimentação e bebidas, com um acréscimo de 0,54%. Os alimentos para consumo doméstico subiram 0,55% no mesmo período, destacando-se os aumentos nos preços da cebola (10,63%), batata-inglesa (10,32%), arroz (5,46%) e carnes (0,65%). Por outro lado, o tomate teve uma queda de 7,95%, e o leite longa vida, de 1,91%. A alimentação fora do domicílio teve um aumento de 0,53%.

No acumulado de 12 meses, dos nove grupos analisados pelo IBGE, apenas os artigos de residência apresentaram uma redução de preços, com queda de 0,03%. Os grupos de alimentação e bebidas (0,83%), habitação (4,94%), vestuário (3,39%), transportes (7,41%), saúde e cuidados pessoais (7,31%), despesas pessoais (5,54%), educação (8,20%) e comunicação (2,85%) registraram alta.

O índice de preços ao consumidor (IPC) é frequentemente utilizado para medir a inflação, que representa um aumento geral nos preços de bens e serviços em uma economia. Os economistas acreditam que a inflação excessiva resulta do crescimento persistente da oferta monetária, enquanto opiniões sobre taxas baixas a moderadas variam, podendo ser atribuídas a flutuações na demanda real por bens e serviços ou mudanças na oferta disponível. A taxa de inflação, uma variação percentual anualizada de um índice de preços geral, é comumente utilizada como medida desse fenômeno econômico.