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Curiosidades

Cavar um buraco até o outro lado do mundo: fantasia ou realidade?

Descubra se é possível cavar um buraco até o outro lado do mundo! A China tentou, a Rússia também. Conheça os desafios enfrentados e por que essa jornada pode ser mais complexa do que imaginamos.

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A ideia de escavar um buraco até o outro lado da Terra sempre intrigou mentes curiosas. Recentemente, a China se aventurou nessa trajetória, perfurando a Terra com a ambição de atingir o Período Cretáceo. Mas será que essa jornada é realmente possível?

Vamos explorar os desafios enfrentados por quem tentou e entender por que tal empreendimento pode ultrapassar os limites da viabilidade.

O desafio chinês e o superfundo russo

A China, em uma missão ousada, buscou cavar um buraco de 10 mil metros de profundidade, desafiando as camadas rochosas em busca de respostas.

Entretanto, mesmo com essa empreitada, a profundidade alcançada não se compara ao recorde estabelecido pelo Kola Superdeep Borehole, na Rússia, que atingiu mais de 12 mil metros abaixo da superfície terrestre.

Limites da exploração

Ambas as equipes, chinesa e russa, compartilham uma limitação: não conseguiram romper a litosfera da Terra para alcançar o manto, objetivo primordial de suas expedições. Mas será realmente possível atravessar o planeta por meio de um buraco?

Espessura da crosta terrestre

A viabilidade de cavar um buraco até o outro lado do mundo depende de diversos fatores, incluindo a espessura da crosta terrestre, que varia consideravelmente. Em média, ela possui cerca de 30 quilômetros, mas pode atingir até 100 quilômetros em áreas montanhosas.

Desafios sob os oceanos

Mesmo com a crosta sendo menos espessa sob os oceanos, a complexidade do processo só se torna maior, já que o controle da pressão da água e a estabilidade da broca são fatores cruciais.

Perfurar a Terra: uma ideia sensata?

A possibilidade de perfurar completamente a Terra acarreta complicações extremas. A cada três metros perfurados, uma atmosfera adicional de pressão é adicionada, o que representa um desafio monumental.

Doug Wilson, geofísico da Universidade da Califórnia, destaca que, mesmo considerando a menor espessura sob os oceanos, a pressão e a temperatura tornariam a jornada impraticável.

Desafios térmicos e pressão extrema

A intensa pressão e o calor enfrentados tornariam a escavação inviável. A cada 100 metros, a pressão seria suficiente para converter os perfuradores em uma “gosma” no interior do planeta. Além disso, a temperatura extrema, atingindo 5.200ºC no núcleo, desafia qualquer tentativa de resfriamento eficaz.

Analisando tudo, o melhor é evitar

Como vimos, a ideia de cavar um buraco até o outro lado da Terra revela-se não apenas impraticável, mas também perigosa. A intensidade da pressão, a temperatura extrema e os desafios térmicos tornam essa jornada uma utopia.

Em vez de explorar as entranhas da Terra, talvez seja mais sensato optar por meios de transporte convencionais. Afinal, a ciência pode ser fascinante, mas a segurança é primordial.

Bruna Machado, responsável pelas publicações produzidas pela empresa Trezeme Digital. Na Trezeme Digital, entendemos a importância de uma comunicação eficaz. Sabemos que cada palavra importa e, por isso, nos esforçamos para oferecer conteúdo que seja relevante, envolvente e personalizado para atender às suas necessidades. Contato: bruna.trezeme@gmail.com

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