Arqueólogos fazem incrível descoberta: sapato de criança com cadarços intactos após 2 mil anos!

Itens de vestuário básicos, como casacos e calçados, já acompanham a humanidade há vários milênios. Conforme o tempo passa, mudam-se os materiais e o design, porém a finalidade de uso continua praticamente intacta. Ademais, uma recente descoberta realizada na Áustria revelou algo simplesmente impressionante.

Foi encontrado um sapato que pertenceu a uma criança, e a peça possui mais de 2 mil anos de idade. O que chama a atenção é o estado de conservação dos cadarços, que parecem quase novos. Conforme as medições feitas pelos especialistas, o tamanho do objeto corresponde a um número 28 nas medidas atuais.

Conforme o Museu Alemão de Mineração Bochum-Leibniz Research Museum for Geo-resources, os indícios coletados até o momento sugerem que a peça foi confeccionada no século II a.C., um período conhecido como “Idade do Ferro“.

Como o sapato foi preservado quase intacto?

Crédito: Deutsches Bergbau-Museum Bochum/Reprodução.

O referido sapato foi encontrado na vila ocidental de Dürrnberg por arqueólogos, um local onde a mineração de sal-gema já ocorria desde o período mencionado no texto acima. Portanto, acredita-se que o elemento responsável por conservar o item de forma tão espantosa foi justamente o sal.

“Nossas atividades de pesquisa em Dürrnberg têm nos fornecido descobertas valiosas há décadas, a fim de explorar cientificamente as primeiras atividades de mineração. A condição do sapato encontrado é excelente”, disse o professor Thomas Stoellner, chefe do Departamento de Pesquisa do Museu Alemão de Mineração.

Desse modo, os trabalhos continuam e o objetivo dos estudiosos é encontrar mais artefatos, de modo a descobrir mais sobre a vida destes mineiros antigos, conforme afirma o museu. Mas, além do sapato, também foram desenterrados outros restos orgânicos, além do pedaço de uma lâmina de pá de madeira.

Seguidamente, os pedaços do cadarço do calçado encontrado eram provavelmente confeccionados de fibra ou linho, de acordo com um comunicado emitido pela entidade responsável pelo andamento das escavações naquela região austríaca.

“Os materiais orgânicos geralmente se decompõem com o tempo. Descobertas como o sapato desta criança, mas também restos têxteis ou excrementos como os encontrados em Dürrnberg, oferecem uma visão extremamente rara da vida dos mineiros da Idade do Ferro”, acrescentou Stoellner.