Surpreendente! Por que o inglês não é a língua oficial dos EUA?

Pode te surpreender, mas a verdade é que, nos Estados Unidos, o inglês, apesar de ser a língua mais falada, nunca foi oficializado como a língua oficial do país. Essa escolha tem raízes profundas na história e na identidade americana, refletindo a diversidade e os valores de liberdade que o país preza.

Uma decisão histórica

A história por trás dessa curiosidade começa logo após a independência dos Estados Unidos, em 4 de julho de 1776. Naquele tempo, mesmo com o inglês sendo a língua predominante entre os colonizadores, o território já era um caldeirão de idiomas, incluindo holandês, alemão, várias línguas indígenas e até português.

John Adams, que viria a ser o segundo presidente dos EUA, fez uma tentativa em 1780 de estabelecer o inglês como a língua oficial do país, propondo a ideia ao Congresso Continental. No entanto, a proposta foi rapidamente descartada.

Os líderes da época consideraram que forçar uma língua única sobre todos seria uma ação contra os ideais de liberdade e igualdade que eles estavam lutando para estabelecer.

Autonomia dos estados

Nos EUA, cada estado tem a liberdade de definir suas próprias regras e leis, e isso inclui a escolha de uma língua oficial. Até agora, 32 dos 50 estados escolheram adotar o inglês como sua língua oficial. No entanto, lugares como Nova Iorque, Luisiana e o Distrito de Columbia, onde fica Washington D.C., a capital do país, não adotaram o inglês como língua oficial.

Apesar da resistência histórica em oficializar o inglês, sempre surgem movimentos tentando mudar esse cenário. O exemplo mais recente é de 2023, quando os senadores republicanos JD Vance, de Ohio, e Kevin Cramer, de Dakota do Norte, apresentaram um projeto para fazer do inglês a língua oficial dos EUA.

Muitas dessas tentativas são motivadas pelo medo equivocado de que o inglês esteja perdendo espaço no país, uma preocupação que não se sustenta na realidade.