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Economia

Ibovespa segue em queda com exterior desfavorável e temores sobre Covid-19

Às 10:59, o índice de referência doméstico recuava 0,75%, a 94.654,95 pontos.

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O Ibovespa estava em queda na sessão desta quinta-feira, devolvendo os ganhos de outubro por mais um dia, em meio a um exterior ainda indisposto a risco devido ao aumento de casos de coronavírus, com investidores também repercutindo uma série de balanços corporativos.

Às 10:59, o índice de referência doméstico recuava 0,75%, a 94.654,95 pontos. No pior momento até agora, chegou a tocar 93.386,55 pontos. O giro financeiro totalizava 6,1 bilhões de reais.

Na quarta-feira, o Ibovespa despencou 4,22%, a 95.399,45 pontos, sua maior queda diária percentual desde abril, com a possibilidade de que novas medidas restritivas boicotem a recuperação econômica em meio ao crescimento de casos de Covid-19 no mundo.

O índice acumulava alta de 0,81% em outubro até a quarta-feira, mas hoje soma alta de apenas 0,05%.

Nos Estados Unidos, o S&P 500 buscava melhora, com dados um pouco mais positivos do que o previsto sobre pedidos de auxílio-desemprego e balanços de gigantes da tecnologia. Já na Europa o tom continuava negativo, com o FTSE 100 de Londres caindo 0,7%, enquanto o petróleo Brent tombava 5,7%.

Para o estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos, o aumento de casos de coronavírus na Europa nos últimos dias gerou maior volatilidade e correção dos mercados.

“Esperamos um curto-prazo de maior volatilidade e incerteza. Por alguns momentos, podemos ter a sensação de que voltamos no tempo e poderemos viver um novo ‘março de 2020’. Ainda estamos distante da normalidade e de uma clara recuperação mais vigorosa em todas as regiões do mundo”, afirmou.

Agentes financeiros também repercutem a decisão do Banco Central de manter a Selic em 2% ao ano, de acordo com a previsão do mercado, além de mensagem de orientação futura e espaço para eventual corte nos juros básicos à frente.

Destaques da manhã

VALE ON subia 0,85% depois de reportar lucro líquido de 2,9 bilhões de dólares no terceiro trimestre, alta de 76% na comparação anual, reflexo de melhores preços do minério de ferro com a demanda aquecida da China.

USIMINAS PNA ganhava 2,68% depois de divulgar que registrou lucro líquido de 198 milhões de reais no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de 139 milhões de reais de 2019.

SUZANO ON subia 0,72%, entre as poucas altas do Ibovespa na sessão, antes da divulgação de seus resultados após o fechamento do mercado. O setor de papel e celulose operava no azul como um todo, com KLABIN UNIT avançando 0,55%.

AZUL PN e GOL PN despencavam 5,04% e 5,73%, respectivamente, como setor refletindo temores sobre potenciais consequências do aumento global de casos de Covid-19. Também sensível aos efeitos da pandemia, CVC BRASIL ON recuava 4,46%.

PETROBRAS PN caía 3,43% e PETROBRAS ON cedia 3,33%, em dia de queda do petróleo no exterior. A petrolífera reportou na quarta-feira prejuízo líquido de 1,5 bilhão de reais no terceiro trimestre, enquanto o resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado avançou a 33,4 bilhões de reais.

MULTIPLAN ON perdia 2,26%, após seu lucro disparar para 568,7 milhões de reais no terceiro trimestre com a influência pontual da venda de um ativo. IGUATEMI ON tombava 2,80% e BRMALLS ON desvalorizava-se 2,55%.

BRADESCO PN tinha queda de 3,05% após reportar lucro menor no período entre julho e setembro, queda para 5 bilhões de reais, após elevar provisões em 67,5% ano a ano. No setor, ITAÚ UNIBANCO PN cedia 1,43 %, BANCO DO BRASIL ON caía 2,02% e SANTANDER BRASIL UNIT perdia 0,81%.

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