Previsões preocupantes: renda de exportação brasileira pode cair em 2024

Em 2023, a soja se destacou nas exportações do Brasil, contribuindo com US$ 15 de cada US$ 100 ganhos no comércio exterior. Esse desempenho foi crucial para a balança comercial, mas há previsões de que a safra diminuirá em 9,5% em 2024, conforme dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A soja não apenas gerou receitas significativas nas exportações diretas, contribuindo com US$ 53 bilhões para a economia do país, mas também estimulou outras fontes vitais de renda em dólares, particularmente no setor do agronegócio.

Impacto da soja no agronegócio e outras exportações

A cultura da soja influencia diretamente várias outras áreas de exportação. Produtos como carne, milho e algodão, que também trazem dólares para o Brasil, se beneficiam do cultivo de soja.

Por exemplo, o cultivo de milho e algodão muitas vezes segue o da soja, compartilhando a mesma terra em diferentes períodos do ano. Esse rodízio contribuiu para que, em 2023, as exportações de milho e algodão adicionassem US$ 13,5 bilhões e US$ 3 milhões, respectivamente, à economia brasileira.

Soja na alimentação animal e exportação de carne

A relação entre a soja e a produção de carne no Brasil é particularmente estreita. Cerca de dois terços da carne produzida no país, que é outra grande fonte de dólares, dependem da soja como fonte principal de proteína animal. Esse grão é essencial na alimentação de suínos e aves, e as exportações dessas carnes trouxeram cerca de US$ 23 bilhões em 2023.

Olhando para o futuro

Com a expectativa de queda na produção de soja em 2024, o Brasil enfrenta o desafio de manter suas fontes de renda em dólares robustas. A soja tem sido um pilar para várias indústrias exportadoras, impulsionando não só o agronegócio diretamente relacionado, mas também setores como o da carne, fundamental para o comércio exterior brasileiro.