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Mentira tem perna curta: especialistas revelam como detectar a desonestidade

Ao contrário do que muitos acreditam, não existe um “efeito Pinóquio” claro quando se trata de detectar mentiras.

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Quando pensamos em sinais de mentira, a imagem de Pinóquio e seu nariz que cresce vem imediatamente à mente. Essa figura, que saiu das páginas dos livros para animações e filmes, simboliza de maneira clara a falsidade.

No entanto, a realidade é bem diferente dessa fantasia criada por Carlo Collodi. Apesar de não termos um indicador tão óbvio quanto o nariz que cresce na vida real, existem sinais menos dramáticos, mas igualmente reveladores.

Em um caso intrigante de 1993, relatado no _Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry_, um homem de 51 anos experimentou consequências físicas graves ao mentir, incluindo perda de consciência e convulsões, devido a um tumor cerebral. A história nos mostra que o corpo humano pode reagir de maneiras surpreendentes à mentira, embora, na maioria das vezes, de formas menos drásticas.

A mentira ao longo da história

Curiosamente, o ato de mentir não é exclusivo dos humanos. Estudos mostram que até os primatas podem se envolver em enganos. Um estudo dos anos 90 revelou que o ser humano médio mente cerca de duas vezes por dia, muitas vezes sem intenção maliciosa.

Historicamente, a detecção de mentiras foi realizada por meio de métodos baseados em superstição e rituais religiosos, que variavam de práticas absurdas a brutais. A antiga China e a Índia tinham seus próprios rituais únicos para julgar a verdade.

Com o passar do tempo, porém, as técnicas se tornaram mais refinadas e científicas, evoluindo desde a análise da pressão arterial até o uso do polígrafo no século 20. Esse último, embora popularizado como uma ferramenta de detecção de mentiras, não é infalível e muitos especialistas questionam sua eficácia.

Sinais físicos e verbais

Ao contrário do que muitos acreditam, não existe um “efeito Pinóquio” claro quando se trata de detectar mentiras. Joe Navarro, ex-interrogador do FBI, enfatiza que gestos como tocar a boca ou desviar o olhar não são indicativos de mentira.

Esses sinais, segundo ele, refletem mais o desconforto e a ansiedade do que a desonestidade em si. Navarro, com sua vasta experiência, observa que tanto os mentirosos quanto os inocentes podem sentir nervosismo sob pressão.

Do ponto de vista verbal, a Dra. Abbie Maroño destaca que os mentirosos podem recorrer a técnicas de evasão, ao afirmar que não se lembram de certos detalhes. Ela também aponta que as inconsistências nos relatos podem ser um sinal revelado, embora isso requeira uma análise cuidadosa.

O pesquisador Aldert Vrij reitera a complexidade da detecção de mentiras, argumentando que não há um único sinal ou comportamento que confirme a desonestidade. Mesmo profissionais experientes podem ser enganados, já que os mentirosos motivados podem adaptar seu comportamento para parecerem honestos.

Conclusões complexas

Ao final, a verdade sobre a mentira é que ela é um aspecto complexo, tanto para especialistas quanto para leigos. A história do paciente de 51 anos, que sofria fisicamente ao mentir, e a inexistência de uma “cura” para a mentira, como no caso de Pinóquio, nos lembram dos desafios na busca pela verdade.

A jornada para entender e identificar a mentira contínua, repleta de avanços e limitações, refletindo a complexidade da natureza humana e suas interações.

Com informações de National Geographic Brasil.

Formada em Relações Públicas (UFG), especialista em Marketing e Inteligência Digital e pós-graduada em Liderança e Gestão Empresarial. Experiência em Marketing de Conteúdo, comunicação institucional, projetos promocionais e de mídia. Contato: iesney.comunicacao@gmail.com

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