Poupança tem entrada líquida de R$ 1,3 bi em março, afirma BC

Pela primeira vez no ano, o saldo da poupança registrou um aumento, com mais depósitos do que saques em março, de acordo com o relatório divulgado dia 5 pelo Banco Central (BC) em Brasília.

No último mês, os depósitos totalizaram R$ 324,7 bilhões, enquanto os saques alcançaram R$ 323,4 bilhões, resultando em uma entrada líquida de R$ 1,3 bilhão. Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 4,9 bilhões, elevando o saldo total da poupança para R$ 975,8 bilhões.

Este resultado positivo de março contrasta com o registrado em fevereiro de 2024, quando houve uma saída líquida de R$ 3,8 bilhões, assim como em janeiro, quando a saída líquida foi de R$ 20,1 bilhões. Além disso, marca uma mudança em relação a março de 2023, quando os brasileiros sacaram R$ 6,1 bilhões a mais do que depositaram na poupança.

Poupança

O alto endividamento da população influenciou a caderneta de poupança em 2023, quando houve uma saída líquida de R$ 87,8 bilhões. Esse resultado foi menor do que o registrado em 2022, ano em que a fuga líquida atingiu o recorde de R$ 103,24 bilhões, em meio a um cenário de alta inflação e endividamento.

Além disso, os saques na poupança são impulsionados pela manutenção da Selic em patamares elevados, o que estimula a busca por investimentos com melhor desempenho. Após uma série de elevações consecutivas, a Selic foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas de agosto de 2022 a agosto de 2023, para conter a inflação. No entanto, diante do comportamento dos preços, o BC reduziu os juros consecutivamente, chegando a 10,75% ao ano.

Em 2021, a retirada líquida da poupança atingiu R$ 35,49 bilhões, enquanto em 2020, a caderneta registrou uma captação líquida recorde de R$ 166,31 bilhões, impulsionada pela instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia de covid-19 e pelo pagamento do auxílio emergencial, depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.

Modalidade de investimento

A Poupança é uma modalidade de investimento oferecida por instituições financeiras, como bancos, com o objetivo de proporcionar uma forma simples e segura para as pessoas guardarem dinheiro e obterem rendimentos sobre esse capital. Funciona basicamente como uma conta de depósito, na qual o investidor deposita determinada quantia e, ao longo do tempo, essa quantia acumula juros.

Os depósitos feitos na Poupança são remunerados com base em uma taxa de juros pré-fixada, estabelecida pelo governo ou pelo próprio banco. Geralmente, essa taxa é divulgada como um percentual ao ano. Os rendimentos são calculados diariamente sobre o saldo depositado e creditados mensalmente na conta do investidor.

A Poupança é conhecida por sua liquidez imediata, o que significa que o investidor pode retirar o dinheiro a qualquer momento sem custos adicionais ou prejuízos nos rendimentos. Além disso, é considerada uma aplicação de baixo risco, uma vez que os depósitos são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) em até determinado valor, proporcionando uma segurança adicional aos investidores.

(Com Agência Brasil).