Economia
Dívida Pública Federal sobe 0,65% em março
Os dados são do Tesouro Nacional.
Apesar do considerável volume de vencimentos, a Dívida Pública Federal (DPF) registrou um aumento em março, ultrapassando a marca de R$ 6,6 trilhões. Segundo dados divulgados dia 30 pelo Tesouro Nacional, a DPF aumentou de R$ 6,595 trilhões em fevereiro para R$ 6,638 trilhões no mês seguinte, representando um acréscimo de 0,65%.
No mesmo período do ano passado, a DPF ultrapassou a barreira de R$ 6 trilhões pela primeira vez. Apesar do aumento em março, a DPF ainda está abaixo das projeções. Conforme o Plano Anual de Financiamento (PAF) apresentado no final de fevereiro, o estoque da DPF deve encerrar 2024 com um valor entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões.
A Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi) teve um aumento de 0,67%, passando de R$ 6,319 trilhões em fevereiro para R$ 6,362 trilhões em março. No último mês, o Tesouro resgatou R$ 12,28 bilhões a mais em títulos do que emitiu, principalmente em papéis corrigidos pela Taxa Selic. No entanto, a dívida aumentou devido à incorporação de R$ 55,25 bilhões em juros.
Dívida Pública Federal
Através da incorporação de juros, o governo reconhece mensalmente a correção dos juros sobre os títulos e inclui esse valor no estoque da dívida pública. Com a Taxa Selic atualmente em 10,75% ao ano, a incorporação de juros pressiona o endividamento do governo.
No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 168,72 bilhões em títulos da DPMFi, o maior volume desde janeiro deste ano. A maior parte desse valor (R$ 117,18 bilhões) foi destinada à troca de títulos corrigidos pela Taxa Selic que venceram no mês.
Devido ao grande volume de vencimentos em março, os resgates totalizaram R$ 182,09 bilhões, mais de cinco vezes o valor registrado em fevereiro, quando os resgates alcançaram R$ 35,79 bilhões.
Mercado
No mercado externo, com a leve alta do dólar, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) aumentou 0,21%, passando de R$ 276,14 bilhões em fevereiro para R$ 276,73 bilhões em março. O principal fator foi o avanço de 0,26% do dólar no último mês.
O colchão da dívida pública, utilizado em momentos de turbulência ou concentração de vencimentos, aumentou pelo segundo mês consecutivo, passando de R$ 885 bilhões em fevereiro para R$ 887 bilhões em março. Esse montante atualmente cobre 6,95 meses de vencimentos da dívida pública, que nos próximos 12 meses está prevista para atingir R$ 1,211 trilhão.
A composição da DPF foi alterada, com uma diminuição na proporção de títulos corrigidos pela Taxa Selic e um aumento nos títulos prefixados. A fatia de títulos vinculados à inflação permaneceu praticamente estável. O prazo médio da DPF aumentou de 4,07 para 4,11 anos.
Instituições financeiras
As instituições financeiras continuam sendo os principais detentores da DPMFi, seguidas pelos fundos de pensão e fundos de investimento. A participação dos não residentes (estrangeiros) aumentou, enquanto a parcela vinculada ao câmbio na dívida pública permaneceu dentro das expectativas estabelecidas.
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