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Suzano tem otimismo comedido sobre demanda em 2021

Empeesa aplicou neste mês um acréscimo de 20 dólares na tonelada de celulose importada à China, que voltou a 470 dólares.

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A Suzano está “cautelosamente otimista” a respeito das perspectivas do mercado global de celulose em 2021, em meio a incertezas em de novas ondas de Covid-19 no mundo e seus impactos sobre a economia, embora a empresa avalie que poderá elevar produção e seguir no processo de redução de dívida.

Executivos da companhia afirmaram nesta sexta-feira que a Suzano aplicou neste mês uma alta de 20 dólares na tonelada de celulose importada à China, que voltou a 470 dólares, após perdas em trimestres anteriores.

Contudo, o movimento não foi observado nos Estados Unidos e na Europa, onde a pandemia de coronavírus continua afetando as economias, disse Walter Schalke, presidente da Suzano.

“Somos cautelosamente otimistas. Mas tem eleição (nos EUA) e as ondas da pandemia…Não sabemos se vai haver novos lockdowns, quando vacinas vão ser implementadas…Apesar de sermos cautelosamente otimistas, estamos olhando com muita granularidade para o que está acontecendo”, afirmou o presidente da maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, com capacidade para 11 milhões de toneladas anuais.

De julho a setembro, a Suzano registrou vendas estáveis de celulose sobre igual período de 2019, as vendas de papel aumentaram e a empresa conseguiu reduzir sua alavancagem para 4,4 vezes dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda).

Às 12h23 desta sexta-feira, as ações da Suzano eram uma das poucos que operavam azul no Ibovespa, ao lado dos papéis da rival Klabin, avançavam 1,4%.

O diretor comercial de celulose da Suzano, Carlos Aníbal, está positivo quanto à demanda por celulose no quarto trimestre.

“Todas as regiões em que atuamos melhoraram a demanda no terceiro trimestre…Este trimestre vai ser forte em produção de papel na China e isso tem a ver com alta na demanda doméstica e aumento de exportações para a região, o que é um impulsionador para a celulose”, afirmou Aníbal.

“Fechamos o mês (de outubro) e concluímos negócios com o novo preço (470 dólares). Tivemos sucesso em implementar o reajuste… O ano de 2021, por causa de menores paradas para manutenção, indica que vamos produzir mais que 2020”, acrescentou.

Mais cedo nesta semana, executivos da Klabin afirmaram que a companhia implementará reajuste de 20 dólares na celulose vendida à China em novembro, na esteira do reajuste da Suzano, e que esperavam demanda aquecida pelo insumo e por papel no quarto trimestre.

Para o último trimestre de 2020, a Suzano quer manter seu custo caixa por volta de 600 reais a tonelada, mesmo nível dos últimos dois trimestres, de acordo comexecutivo.

Schalka afirmou ainda que a empresa tem estudado oportunidades de crescimento, mas continua focada na meta de reduzir a avalancagem para “nível adequado”, que seria algo entre duas e três vezes, podendo chegar a 3,5 vezes se a companha obtiver um projeto relevante de aumento de capacidade.

Segundo ele, a empresa vai investir em uma nova fábrica de celulose, mas não sabe ainda quando “Imaginamos que com a geração de caixa que temos e com eventual aumento de preços, dependendo do câmbio, poderemos chegar a um patamar adequado até o final de 2021”.

O orçamento da Suzano para este ano é de 4,2 bilhões a 4,3 bilhões de reais, e o montante de 2021 só será divulgado no ano que vem.

“Estamos olhando as oportunidades. Neste momento estamos sendo mais cautelosos na aprovação de investimentos para o próximo período”, afirmou.

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