Economia
Brics investirá R$ 5,7 bi na reconstrução do RS
Iniciativa teve o vice-presidente à frente.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e a presidente do New Development Bank (NDB), conhecido como Banco do Brics [grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul], Dilma Rousseff, oficializaram a destinação de US$ 1,115 bilhão (aproximadamente R$ 5,75 bilhões) para apoiar a reconstrução do Rio Grande do Sul, estado afetado por intensas chuvas e enchentes desde o final de abril deste ano. A formalização ocorreu durante a visita oficial de Alckmin à China. O apoio já havia sido anunciado em maio.
Geraldo Alckmin expressou sua gratidão ao Banco do Brics pelo auxílio ao estado em meio à catástrofe. “Estou convencido de que a reconstrução do estado superará a destruição”, afirmou.
Dilma Rousseff, presidente do NDB e ex-presidente do Brasil, destacou que o mandato do banco é focado em desenvolvimento sustentável e que estará disponível para apoiar o estado dentro das capacidades da instituição. Ela enfatizou que o banco internacional possui mecanismos para monitorar o uso dos recursos, mas não imporá restrições sobre como devem ser aplicados. “Neste momento, é complicado prever inteiramente os critérios para a reconstrução do estado”, afirmou Dilma Rousseff.
Brics
Do total de US$ 1,115 bilhão destinados ao Rio Grande do Sul, a carta-compromisso assinada formalizou um investimento de US$ 495 milhões do banco para a reconstrução do estado (equivalente a R$ 2,6 bilhões), distribuídos da seguinte maneira: US$ 200 milhões para infraestrutura, incluindo obras em rodovias, pontes, vias urbanas, e outras instalações.
Os restantes US$ 295 milhões serão direcionados pelo Banco Regional do Extremo Sul (BRDE) para atender necessidades do estado, como projetos de mobilidade urbana, recursos hídricos, saneamento básico e infraestrutura social.
Adicionalmente, US$ 620 milhões serão fornecidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Banco do Brasil, destinados exclusivamente ao estado para financiamento de pequenas e médias empresas, obras de proteção ambiental, infraestrutura agrícola e logística, e tratamento de água e esgoto.
A instituição
Criado em dezembro de 2014 para ampliar o financiamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países do Brics e outras economias emergentes, o New Development Bank (NDB) tinha, até o início de 2023, cerca de US$ 32 bilhões em projetos aprovados. Desse total, cerca de US$ 4 bilhões foram investidos no Brasil, principalmente em rodovias e portos. Em 2021, o Banco do Brics acolheu Bangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos e Uruguai como membros.
Dilma Rousseff foi eleita presidente do NDB em março de 2023, permanecendo no cargo até julho de 2025, quando termina o mandato do Brasil na liderança da instituição financeira. Ela substituiu Marcos Troyjo, que ocupou o posto de julho de 2020 até a posse de Dilma.
A sede do NDB está em Xangai, o centro financeiro da China. Cada país do Brics preside o banco por mandatos rotativos de cinco anos.
(Com Agência Brasil).
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