Mercado de Trabalho
Pesquisa revela profissões com maiores e menores salários
Levantamento aponta que os maiores salários ainda são destinados às profissões que já têm fama de serem bem remuneradas.
No mercado de trabalho brasileiro, as diferenças de salário entre profissões e setores são gritantes.
Enquanto alguns trabalhadores recebem salários mínimos e lutam para sobreviver, outros ocupam cargos de alto escalão e recebem salários que chegam a ser centenas de vezes maiores.
O levantamento feito pela pesquisadora da consultoria IDados, Ana Tereza Pires, revelou que os salários mais altos no Brasil em 2024 continuam sendo destinados a profissões historicamente bem remuneradas, enquanto outros profissionais, mesmo com diploma em mãos, não recebem tanto assim.
Profissões e seus respectivos salários
Segundo a pesquisa, os médicos especialistas lideram o ranking com uma média salarial de R$ 15.581,03, seguidos pelos médicos gerais e engenheiros mecânicos.
Por outro lado, ocupações como educadores para necessidades especiais e escritores estão entre as que recebem os menores salários no país.
A análise, feita com base nos dados do primeiro trimestre de 2024 extraídos da Pnad Contínua do IBGE, considerou a média salarial de 67 ocupações que exigem diploma.
Foram excluídas profissões com menos de 1000 trabalhadores e aquelas que não exigem graduação, como cargos de gestão.
Entre os destaques da pesquisa, está o fato de que os professores universitários ocupam a 10ª posição no ranking de profissões com maiores salários.
O aumento da demanda por ensino superior valorizou esses profissionais, que geralmente possuem mestrado e doutorado.
No entanto, é importante ressaltar que os dados refletem apenas o setor privado, excluindo as universidades públicas.
Por outro lado, as profissões com menores salários estão, em sua maioria, ligadas à educação, saúde e serviços de cuidado.
Chama a atenção o fato de que ocupações mais novas e com alta demanda, como desenvolvedores de páginas de internet e multimídia, também estão entre as que recebem menos no país.
No geral, o rendimento médio das pessoas ocupadas no Brasil no 1º trimestre de 2024 foi de R$ 3.123, segundo o IBGE.
Esses dados evidenciam a desigualdade salarial existente no país, mostrando a disparidade entre as remunerações de diferentes ocupações, mesmo entre profissionais com diploma.
Abaixo, veja a lista completa das profissões com maiores e menores salários:
Profissões com maiores salários
- Médicos especialistas: R$ 15.581,03
- Médicos gerais: R$ 12.679,21
- Engenheiros mecânicos: R$ 12.303,43
- Geólogos e geofísicos: R$ 11.998,88
- Engenheiros químicos: R$ 11.852,66
- Profissionais em direito (com exceção de advogados e juristas): R$ 11.124,91
- Economistas: R$ 10.123,93
- Engenheiros de minas, metalúrgicos e afins: R$ 9.763,33
- Assessores financeiros e em investimentos: R$ 9.545,27
- Professores de universidades e do ensino superior: R$ 9.534,51
- Engenheiros não classificados anteriormente: R$ 9.091,19
- Engenheiros eletrônicos: R$ 9.086,63
- Analistas de gestão e administração: R$ 9.050,07
- Desenhistas e administradores de bases de dados: R$ 9.026,15
Profissões com menores salários
- Educadores para necessidades especiais: R$ 3.042,71
- Escritores: R$ 3.355,90
- Ministros de cultos religiosos, missionários e afins: R$ 3.366,37
- Outros professores de idiomas: R$ 3.486,93
- Professores do ensino fundamental: R$ 3.754,15
- Desenvolvedores de páginas de internet (web) e multimídia: R$ 3.882,28
- Desenhistas gráficos e de multimídia: R$ 3.906,09
- Profissionais da saúde não classificados anteriormente: R$ 3.938,82
- Fisioterapeutas: R$ 4.008,93
- Dietistas e nutricionistas: R$ 4.119,42
- Biólogos, botânicos, zoólogos e afins: R$ 4.132,90
- Administradores de sistemas: R$ 4.249,00
- Assistentes sociais: R$ 4.297,58
- Especialistas em métodos pedagógicos: R$ 4.469,96
- Professores de formação profissional: R$ 4.562,31
- Especialistas em políticas e serviços de pessoal e afins: R$ 4.608,97
Diante desse cenário, torna-se fundamental pensar em políticas públicas que possam contribuir para a valorização de profissões essenciais, como a educação e a saúde, de modo a garantir uma distribuição mais igualitária de renda e valorização de todos os trabalhadores, independentemente da área em que atuam.

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