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Estudo aponta o envelhecimento como um tipo de construção social

O antienvelhecimento não nasceu por acaso; ele é uma ideia implementada pela sociedade.

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Não é de hoje que a civilização humana é obcecada pela juventude eterna, tanto que, com isso, a ideia de envelhecer tornou-se um tabu.

Desde a indústria bilionária do antienvelhecimento até a constante busca por métodos para combater rugas e outros sinais de idade, a sociedade moderna tem tentado de todas as formas possível evitar o envelhecer.

No entanto, novos estudos e pesquisas sugerem que a velhice é mais uma construção social do que uma realidade biológica objetiva; vamos entender melhor abaixo.

Velhice: origem e ideias sociais

Segundo Eric Verdin, presidente e CEO do Buck Institute for Research on Aging, na Califórnia, a idade biológica de uma pessoa, que reflete o estado de suas células e tecidos, é muito mais relevante que sua idade cronológica.

Tal nova abordagem tem revelado que não há um ponto claro de inflexão que marque a transição da meia-idade para a velhice.

Na verdade, pessoas com idades semelhantes hoje em dia se sentem mais jovens do que as de gerações passadas.

O conceito de velhice tem mudado ao longo da história, e a ideia de aposentadoria como um marco para a velhice é uma construção relativamente recente.

Em culturas orientais, o envelhecimento é associado à sabedoria e é valorizado, enquanto no Ocidente, há uma tendência à negatividade em relação à idade mais avançada.

Essas visões culturais influenciam significativamente a forma como a sociedade encara o processo de envelhecer.

Envelhecer não é algo necessariamente negativo no Oriente – Imagem: reprodução

Apesar dos avanços científicos no campo do envelhecimento, ainda não há uma forma definitiva de medir isso.

Nossos corpos envelhecem em ritmos diferentes, e fatores como estresse e doenças crônicas podem acelerar esse processo.

Além disso, a velhice não é caracterizada por marcos biológicos claros, e os cientistas ainda estão em busca de biomarcadores que representem com precisão a idade biológica de todos.

Estudar os chamados ‘superidosos’, pessoas que envelhecem de forma saudável e ativa muito além da expectativa, é uma área de pesquisa promissora.

Com a população mundial envelhecendo rapidamente, a busca por uma vida saudável e próspera na velhice torna-se cada vez mais importante.

Em última análise, a perspectiva do envelhecimento está mudando. À medida que a ciência desmistifica a ideia de que a velhice é a deterioração física e mental inevitável, as pessoas começam a reavaliar sua relação com uma idade avançada.

Espera-se que novas descobertas e pesquisas possam oferecer caminhos para uma vida mais longa e saudável, permitindo que todos encarem o envelhecimento com menos negatividade e mais esperança.

Com informações do National Geographic Brasil.

Formada produtora editorial e roteirista de audiovisual, escrevo artigos sobre cultura pop, games, esports e tecnologia, além de poesias, contos e romances. Mãe de três curumins, dois cachorros e uma gata, também atuo ativamente em prol à causa indígena no Brasil.

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