Economia
Pior desempenho mundial: o que explica queda do Ibovespa?
Cenário não tem sido favorável para investidores.
O cenário para investimento no Brasil não tem animado os profissionais da área. Atualmente, o real apresenta o pior desempenho entre as moedas emergentes, enquanto a Bolsa brasileira figura entre as últimas colocadas nas comparações globais, tanto de países emergentes quanto desenvolvidos.
O Ibovespa, principal índice de referência da Bolsa de Valores brasileira, que mede o desempenho das ações das empresas mais negociadas no mercado, registrou uma queda de 20,3% no ano, considerando tanto em dólares quanto os rendimentos totais, o que o torna o pior índice do mundo neste período.
Para compreender queda, é necessário recorrer a outras situações – Foto: Reprodução
O que explica a queda do Ibovespa?
Os principais motivos que levam a Bolsa brasileira a cair são os mesmos que explicam o recuo da nossa moeda.
Confira abaixo cinco situações que têm influenciado o índice.
1. Cortes no Fed
No final de 2023, dados sugeriram uma desaceleração da economia dos EUA, o que fortaleceu a crença de que o ano seguinte poderia ser marcado por pelo menos quatro cortes na Fed Funds, taxa de juros de curto prazo que os bancos americanos cobram uns dos outros para empréstimos de um dia.
Nos últimos meses de 2024, no entanto, uma série de números acima do esperado (embora alguns tenham desacelerado recentemente) mudou o sentimento do mercado.
Agora, a perspectiva é de que haverá apenas dois cortes por parte do Fed – no cenário mais otimista.
2. Estados Unidos com juros altos
Os juros altos nos Estados Unidos têm mantido a atratividade dos títulos de renda fixa americanos e impactando o fluxo de capital global.
Além disso, nos Estados Unidos, tem sido marcado pela incerteza sobre quando o Federal Reserve poderá iniciar seu ciclo de redução das taxas de juros.
Com os juros mais altos nos Estados Unidos, é comum que os investidores prefiram manter seu dinheiro nos títulos de renda fixa norte-americanos.
Isso ocorre porque os títulos do Tesouro do país são considerados ‘livres de risco’, e quando oferecem taxas mais altas, diminuem a atratividade de outros investimentos, como a Bolsa brasileira.
3. Performance de países desenvolvidos
Especialistas também apontam que o desempenho das bolsas de países desenvolvidos, especialmente nos Estados Unidos, tem contribuído para reduzir os investimentos no Brasil.
Com os ativos de risco apresentando bom desempenho lá fora, como no caso do crescimento da inteligência artificial, a Bolsa brasileira perde atratividade.
4. Economia chinesa afetada
A China, sendo o maior consumidor de commodities do mundo, tem apresentado dados econômicos fracos, o que reduz o otimismo em relação ao Brasil, um grande exportador de commodities.
Por exemplo, o preço do minério de ferro, em 20 de maio, estava em torno de US$ 122,5, enquanto hoje está mais próximo de US$ 105.
5. Investidores fazendo retiradas
Outro fato significativo é que, até o início de junho, investidores estrangeiros já haviam retirado R$ 34,6 bilhões da Bolsa brasileira.
Tudo isso contribui para o fato de que tanto o investidor estrangeiro quanto o institucional brasileiro têm reduzido sua exposição à B3.

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