Economia
Produção industrial cai 0,9% em maio
Os dados são do IBGE.
A produção industrial brasileira recuou 0,9% em maio em comparação a abril, marcando o segundo mês consecutivo de queda e uma retração acumulada de 1,7% no período. Com esse resultado, o setor perdeu o ganho de 1,1% acumulado entre fevereiro e março deste ano.
No acumulado dos últimos 12 meses, houve um crescimento de 1,3%, embora em ritmo reduzido comparado ao mês anterior. Os dados foram divulgados dia 3 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro.
A Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE, também mostrou um avanço de 2,5% no acumulado dos cinco primeiros meses de 2024, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Produção industrial
Entre as atividades, as principais influências positivas na indústria foram registradas em produtos alimentícios (5,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,1%), indústrias extrativas (2,3%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (4,8%).
O gerente da pesquisa, André Macedo, afirmou que em maio de 2024 a indústria apresentou “predominância de resultados negativos de forma geral”, com recuo tanto na margem quanto na comparação com maio de 2023.
Além disso, houve interrupção na trajetória ascendente do índice de média móvel trimestral e uma desaceleração no ritmo de expansão no acumulado do ano e dos 12 meses anteriores.
A queda na produção foi intensificada por fatores como as chuvas no Rio Grande do Sul, que tiveram impacto local significativo, influenciando negativamente o resultado da indústria no país, segundo o IBGE.
A pesquisa
A pesquisa indicou que 16 das 25 atividades investigadas tiveram recuo em maio de 2024. Veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,7%) e produtos alimentícios (-4,0%) foram as maiores influências negativas no resultado geral da indústria em maio.
Macedo destacou que esses dois setores foram prejudicados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, com paralisações nas plantas industriais locais afetando diretamente a produção de veículos e autopeças, impactando o abastecimento de bens finais no restante do país.
Greve
Macedo acrescentou que a greve em uma montadora e a base de comparação elevada também contribuíram para a queda significativa na atividade. Em abril, o setor de veículos registrou crescimento de 13,8%.
A atividade de produtos alimentícios, que representa cerca de 15% da produção industrial do país, registrou seu segundo mês consecutivo de queda, com uma perda acumulada de 4,7%.
“A retração no processamento da cana-de-açúcar, devido a condições climáticas desfavoráveis na segunda quinzena de maio, provocou uma queda pontual na produção de açúcar. As chuvas no Rio Grande do Sul também afetaram negativamente a produção de carnes de aves, bovinos e suínos, além dos derivados de soja, produtos que têm grande peso no setor”, explicou Macedo.
Setores
Outros setores que registraram recuo e influenciaram o resultado negativo do mês incluíram produtos químicos (-2,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%), produtos do fumo (-28,2%), metalurgia (-2,8%), máquinas e equipamentos (-3,5%), impressão e reprodução de gravações (-15,0%) e produtos diversos (-8,5%).
Os principais impactos positivos vieram das indústrias extrativas (2,6%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%). Esses segmentos, segundo Macedo, têm grande peso e evitaram uma queda maior no resultado geral da indústria.
“O crescimento do setor extrativo ocorreu após uma queda no mês anterior, refletindo uma base de comparação mais baixa. Houve aumento na extração de petróleo e minério de ferro”, afirmou Macedo.
As atividades
As atividades de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,7%), produtos têxteis (2,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1,5%), produtos de borracha e material plástico (0,5%), outros equipamentos de transporte (0,2%), móveis (0,2%) e celulose, papel e produtos de papel (0,1%) também tiveram desempenho favorável.
“Ainda na comparação com abril, todas as quatro grandes categorias econômicas recuaram: bens de consumo duráveis (-5,7%), bens de capital (-2,7%), bens intermediários (-0,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%)”, observou o IBGE.
A queda de 1,0% na comparação entre maio de 2024 e maio do ano anterior foi influenciada pelos resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 14 dos 25 ramos, 43 dos 80 grupos e 50,4% dos 789 produtos pesquisados, concluiu o IBGE.
(Com Agência Brasil).

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