Empresas
Americanas: Cade aprova recuperação judicial
Varejista envolvida em fraude contábil.
A área técnica do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições as operações realizadas no âmbito da recuperação judicial da Americanas (AMER3).
De acordo com o Valor Econômico, se em 15 dias não houver questionamentos, a aprovação será definitiva. O Cade está avaliando se a operação apresenta problemas concorrenciais para a recuperação da varejista.
A operação submetida ao órgão antitruste envolve a aquisição de participação societária minoritária (sem aquisição de controle) na Americanas pelos bancos Bradesco, Santander Brasil, Itaú, Safra, BTG Pactual, e a aquisição de controle da Americanas pelos “acionistas de referência”, que são pessoas jurídicas constituídas no Brasil ou no exterior, ligadas a Jorge Lemann, Marcel Telles ou Carlos Alberto da Veiga Sicupira.
Americanas (AMER3)
A varejista avançou mais um passo para impulsionar suas ações e progredir no plano de recuperação judicial.
Em um comunicado ao mercado, a companhia anunciou que a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou sem restrições a subscrição e integralização das novas ações ordinárias que serão emitidas pela empresa.
As medidas, deliberadas em assembleia de acionistas realizada em maio, preveem um aumento de capital de até R$ 40,7 bilhões, com um compromisso mínimo de R$ 12 bilhões por parte dos acionistas de referência Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.
Baseado no valor mínimo de R$ 12,3 bilhões, serão emitidas no mínimo 9,4 bilhões de novas ações, enquanto no máximo poderão ser emitidas até 31,3 bilhões de ações, com preço de emissão de R$ 1,30 por papel.
Projeções
Segundo projeções divulgadas pela Americanas no início deste mês, o trio de bilionários e seus afiliados deverão deter 49,2% da empresa após o aumento de capital aprovado pelo Cade. Os credores da Americanas ficarão com 47,6%, enquanto os demais acionistas ficarão com 3,2%, conforme a estimativa atual.
Além do aumento de capital, o plano de recuperação incluirá um grupamento de ações ordinárias na proporção de 100 para 1. Esse agrupamento visa reduzir a volatilidade das ações e retirar a empresa da categoria de ‘penny stock’, que são ações negociadas abaixo de R$ 1.
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