Credores da Casas Bahia aderem ao plano de Recuperação Extrajudicial

Mais dois credores do Grupo Casas Bahia (BHIA3) concordaram voluntariamente com os termos e condições do plano de recuperação extrajudicial da companhia. Com isso, o plano agora conta com a adesão de todos os credores, permitindo à varejista seguir com sua 10ª emissão de debêntures.

Os novos credores que aderiram são a Pentágono, agente fiduciário das 6ª e 7ª emissões de debêntures, e a Opea, securitizadora no âmbito dos CRIs lastreados na 8ª emissão de debêntures.

Em documento enviado ao mercado, recentemente, o Citi projeta que o resultado líquido da Casas Bahiapermanecerá negativo durante 2024-2025, prevendo lucro líquido somente em 2026.

O banco revisou suas previsões para a receita líquida da companhia, reduzindo-as em 10% para 2024. Essa redução reflete o foco da gestão da Casas Bahia em melhorar seus lucros e perdas (P&L), o que impacta diretamente a receita da empresa, especialmente no contexto de seu plano de recuperação extrajudicial.

Casas Bahia (BHIA3)

O Citi destacou que a receita líquida da Casas Bahia tem sido 5-7% menor do que suas estimativas nos dois últimos trimestres. Houve também uma redução de 9% nas previsões de receita líquida para 2025 e 2026. Apesar disso, o banco elevou suas expectativas para a margem de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), devido aos esforços contínuos da empresa para aumentar a eficiência.

Os analistas João Pedro Soares e Felipe Reboredo afirmam que, apesar da queda de 50% no valor da ação desde o início do ano, a perspectiva de valorização é limitada, cerca de 13% em relação ao valor atual, devido às despesas financeiras que continuam a consumir grande parte do Ebitda e do fluxo de caixa livre (FCF).

Recomendações

O Citi mantém uma recomendação neutra/alto risco para as ações da Casas Bahia, ajustando o preço-alvo de R$ 10 para R$ 6,50. Este novo preço-alvo ainda representa um potencial de valorização de 13% sobre o fechamento do dia anterior.