Tecnologia
Fazendas de likes: o que são, para que servem e quais seus perigos?
Comprar engajamento pode não ser uma atividade segura e com bons resultados.
Se pedirmos para você imaginar a cena: um ambiente precário com inúmeros celulares antigos lado a lado, todos conectados para manter a bateria carregada.
Na frente deles, pessoas repetem incessantemente a mesma tarefa, tocando na tela para gerar curtidas ou comentários. Você provavelmente vai achar que estamos falando de algum filme.
No entanto, a cena é real e ocorre nas chamadas fazendas de cliques. Esses locais são responsáveis por inflacionar artificialmente números em redes sociais, burlando regras das plataformas e trazendo diversos riscos.
A promessa de números inflados ainda atrai muitos interessados, tornando esse tipo de serviço bastante requisitado. Mas ele pode ser perigoso.
Exemplo de fazenda de likes localizada na China e descoberta recentemente – Foto: Reprodução
O que são as fazendas de likes?
As fazendas de likes são serviços que prometem aumentar números em sites ou redes sociais. O trabalho é feito a partir do tráfego falso, disfarçado de usuários reais.
As fazendas são utilizadas para ações como curtir publicações, escrever resenhas positivas, fazer comentários elogiosos ou críticos, clicar em anúncios e cadastrar-se em plataformas.
Os serviços atraem diversos públicos na internet, desde influenciadores digitais, contas corporativas e até políticos que desejam aumentar seguidores, comentários, curtidas ou compartilhamentos — o famoso engajamento.
Como elas são usadas?
As fazendas de likes funcionam de duas formas: elas podem ser compostas por bots, ou seja, robôs programados para repetir tarefas digitalmente a partir de contas falsas e até roubadas.
No entanto, surpreendentemente, a visão mais conhecida envolve várias pessoas em computadores ou smartphones, todos conectados a diferentes contas em uma rede social.
Os trabalhadores, muitas vezes sob péssimas condições e mal-remunerados, repetem incessantemente a mesma tarefa.
Quais seus perigos?
Embora o serviço das fazendas de like ofereçam uma quantidade significativa de likes, comentários e etc., especialistas da área explicam que eles não se convertem em vendas futuras nem geram comunidades reais.
Em 2023, o fotógrafo Jack Latham documentou essa realidade no livro ‘Beggar’s Honey’, registrando fazendas de likes em locais como Tailândia, Vietnã e Hong Kong.
As operações variam em estrutura, mas o conhecimento dos profissionais sobre redes sociais é elevado, sabendo que ações massivas podem levantar suspeitas das plataformas.
Usuários que adquirem esse tipo de serviço ainda arriscam serem penalizados com a limitação do alcance ou até o banimento da conta.
Perfis podem ser usados para disseminar links maliciosos ou serem invadidos pelos operadores das fazendas.
A prática também levanta questões éticas, já que o engajamento artificial pode inflar publicações fraudulentas, mentirosas ou enganosas. Fazendas de likes podem ser empregadas ainda em campanhas de difamação, política e spam.

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