Economia
Para Bradesco, não há recessão nos EUA
Goldman Sachs também não vê.
O Bradesco (BBDC4) não prevê uma recessão iminente nos Estados Unidos. Em um relatório dirigido a clientes, o banco afirma que indicadores como o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) e o Índice de Preços ao Produtor (PPI) têm aliviado as preocupações geradas pelo último relatório de empregos, que indicava possíveis riscos para a maior economia global.
Segundo Vítor de Holanda Jó, economista do Bradesco, o recente aumento na taxa de desemprego nos EUA, que subiu de 4,1% para 4,3%, pode não ser tão alarmante quanto as previsões de recessão sugerem. Ele observa que quase dois terços desse aumento ocorreu entre jovens de 16 a 24 anos, enquanto o impacto na faixa etária de 25 a 54 anos — considerada a principal força de trabalho — ainda não é significativo o suficiente para indicar um cenário recessivo claro.
Jó também aponta que o aumento da taxa de desemprego pode ser um reflexo de uma recuperação na taxa de participação no mercado de trabalho, especialmente entre trabalhadores estrangeiros. Ele estima que mais de 30 pontos-base do recente aumento no desemprego são atribuíveis a essa recuperação, enquanto outros 10 pontos-base resultam do crescimento populacional. Além disso, ele destaca que a criação de vagas de trabalho nos EUA continua positiva, ajudando a conter a alta do desemprego.
Recessão nos EUA
O Goldman Sachs reduziu a probabilidade de uma recessão nos Estados Unidos nos próximos 12 meses de 25% para 20%, conforme indicado em uma nota divulgada pelo banco e citada pela agência Reuters. Jan Hatzius, economista do Goldman Sachs para o mercado norte-americano, destacou que essa revisão é impulsionada pelos dados mais positivos sobre desemprego e vendas no varejo divulgados no início de agosto, que não indicam sinais de recessão iminente.
Anteriormente, em agosto, o banco havia aumentado a probabilidade de recessão de 15% para 25%, após a taxa de desemprego nos EUA ter atingido seu nível mais alto em três anos em julho.
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