Tecnologia
Notas de R$ 1 superam as de R$ 200 em circulação; entenda o motivo
Após a instauração do pix e de outras formas de pagamento, houve uma diminuição significativa no uso de cédulas de alto valor.
Nos últimos anos, o cenário monetário brasileiro passou por transformações significativas, impulsionadas tanto pela introdução de novas cédulas, quanto pelo aumento do uso de meios de pagamento digitais.
A nota de 200 reais, lançada em 2020, foi uma dessas novidades, criada para facilitar transações de maior valor em um momento de demanda específica.
No entanto, apesar das expectativas, tal cédula não se popularizou como outras de maior valor, destacando um fenômeno interessante no sistema financeiro do país.
Paralelamente, o Brasil tem testemunhado uma diminuição no uso de cédulas físicas, à medida que os pagamentos digitais, como o PIX, se tornam cada vez mais populares.
Essa transição para o digital reduz a necessidade de portar dinheiro em espécie, impactando diretamente a circulação de cédulas de alto valor, como a de 200 reais.
Mesmo as notas de 1 real, retiradas de circulação há mais de duas décadas, ainda são encontradas com mais frequência do que as novas cédulas de 200 reais, refletindo mudanças no comportamento financeiro dos brasileiros.
Apenas 30% das cédulas de R$ 200 impressas estão em circulação no país – Imagem: rafastockbr/Shutterstock
Circulação das notas de 200 reais no Brasil
A cédula de 200 reais, estampada com o lobo-guará, foi lançada pelo Banco Central do Brasil com o intuito de facilitar transações de maior valor e suprir uma demanda específica durante a pandemia.
Entretanto, de um total de 450 milhões de notas impressas, apenas 134 milhões estão atualmente em circulação, representando cerca de 30% do total produzido.
O número é surpreendentemente baixo, especialmente quando comparado com outras cédulas de grande valor, como as de 50 e 100 reais, que somam cerca de 1,7 bilhão e 1,8 bilhão de unidades, respectivamente, em circulação.
Notas de 1 real continuam em uso?
Em contraste, as notas de 1 real, retiradas de circulação em 2003, ainda estão presentes no dia a dia dos brasileiros.
De acordo com o Banco Central, mais de 148 milhões dessas cédulas continuam em circulação, superando em número as notas de 200 reais.
Esse fato chama atenção, considerando que as notas de 1 real não são mais produzidas há duas décadas.
O impacto dos meios de pagamento digitais
Um dos principais fatores que explicam a baixa circulação das notas de 200 reais é o crescente uso de meios de pagamento digitais.
Com a popularização do PIX e dos cartões de débito e crédito, a necessidade de carregar grandes quantias em espécie diminuiu consideravelmente.
O PIX, em particular, revolucionou as transações financeiras no Brasil, permitindo pagamentos instantâneos e gratuitos, o que contribui para a redução do uso de cédulas de alto valor. Além disso, a inflação tem desempenhado um papel importante nesse cenário.
Com a perda de poder de compra, a nota de 200 reais, que deveria facilitar transações de maior valor, acaba não sendo tão utilizada quanto o esperado, pois as pessoas preferem empregar meios digitais, mais práticos e seguros.
O futuro das cédulas de alto valor
Apesar desses desafios, o Banco Central mantém a nota de 200 reais em circulação e não há previsão de sua retirada.
Embora represente apenas 1,8% da quantidade total de cédulas em circulação, a nota de 200 reais compõe 8,3% do valor em circulação, somando R$ 26,8 bilhões.
Esse dado reflete a importância da cédula no contexto de grandes transações, mesmo que sua circulação seja limitada.
A realidade de termos mais notas de 1 real em circulação do que de 200 é um reflexo das mudanças no comportamento financeiro dos brasileiros e do avanço dos meios de pagamento digitais, que destaca a transição para um futuro cada vez mais digital e menos dependente de dinheiro em espécie.
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