Bancos
Lula indica Galípolo para presidir o BC
Ele assume em 2025.
O economista Gabriel Galípolo foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a presidência do Banco Central (BC) a partir de 2025. O anúncio foi feito dia 28 pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em uma coletiva no Palácio do Planalto.
“O presidente da República me incumbiu de comunicar que hoje ele está encaminhando ao Senado Federal a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central, atualmente ocupando o cargo de diretor de Política Monetária do banco”, informou Haddad.
A indicação de Galípolo ainda depende da aprovação do Senado Federal, onde ele passará por uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Caso aprovado, Galípolo assumirá o comando do BC em janeiro de 2025, sucedendo Roberto Campos Neto, cujo mandato termina em 31 de dezembro de 2024. O novo presidente terá um mandato de quatro anos, até 2028.
Galípolo
Após o anúncio, Galípolo, que já ocupou cargos de destaque como secretário de Economia e de Transportes do governo de São Paulo e foi executivo na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), expressou sua gratidão. “É uma honra, um prazer e uma responsabilidade imensa ser indicado para a presidência do Banco Central do Brasil pelo ministro Fernando Haddad e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, declarou. Galípolo, no entanto, se recusou a responder perguntas, citando “respeito ao processo e à institucionalidade”.
O atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, parabenizou Galípolo pela indicação e enfatizou a importância de uma transição tranquila. Em nota, Campos Neto afirmou que, após a aprovação do Senado, a transição será realizada de forma suave, preservando a missão do Banco Central. Ele ressaltou que tem trabalhado de forma harmônica com Galípolo desde que este assumiu a diretoria de Política Monetária em julho de 2023.
Campos Neto
Campos Neto também havia sugerido a antecipação do anúncio do substituto para garantir uma transição gradual e organizada. “Sempre disse que queria fazer uma transição suave, assim como o Ilan [Goldfajn] fez comigo”, afirmou Campos Neto, lembrando a transição de seu antecessor, atualmente presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O mandato de Campos Neto, assim como dos diretores de Regulação, Otavio Damaso, e de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, Carolina de Assis Barros, termina no final deste ano. Com a indicação de Galípolo, o governo ainda precisará nomear novos diretores para essas posições, cujos nomes também serão submetidos à sabatina no Senado.
Até o momento, apenas o substituto de Campos Neto foi oficialmente indicado, mas novas nomeações são esperadas nos próximos meses. Todos os indicados precisarão ser aprovados pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e, posteriormente, pelo plenário da Casa.
(Com Agência Brasil).
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