Bancos
Drex: Bradesco vai testar empréstimos e CDBs tokenizados
Versão digital do real.
O Bradesco (BBDC4) vai testar a utilização de Certificados de Depósito Bancário (CDB) como ativos tokenizados na segunda fase do piloto do Drex, a versão digital do real. A instituição foi selecionada para essa nova etapa, cujo anúncio foi feito pelo Banco Central na quarta-feira.
A previsão é que a primeira operação no ambiente piloto do BC ocorra no primeiro semestre de 2025. Desde o ano passado, o piloto está em andamento, e o Bradesco é um dos participantes. O uso dos tokens está projetado para simplificar e agilizar o processo de negociação e liquidação em empréstimos garantidos, beneficiando tanto clientes individuais quanto empresariais. Com isso, os ativos poderão ser gerenciados diretamente pelos clientes em operações de crédito pessoal e capital de giro.
Essa iniciativa faz parte da estratégia do Bradesco de estar na vanguarda da inovação e oferecer soluções avançadas aos seus clientes.
Bradesco (BBDC4)
No âmbito do seu ecossistema de inovação, o inovabra, o Bradesco mantém uma parceria estratégica com o Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (LARC) há mais de uma década. Recentemente, essa colaboração foi ampliada em conjunto com o Centro de Inovação da Universidade de São Paulo (InovaUSP), que reúne vários laboratórios da USP em diversas áreas.
A expansão visa fomentar a pesquisa e o desenvolvimento em Computação Quântica, Inteligência Artificial (IA) e Cibersegurança. Em 2024, quatro projetos estão sendo conduzidos, com a participação de cerca de 50 pesquisadores focados em desafios variados enfrentados pelo banco.
O primeiro projeto envolve uma pesquisa sobre a otimização de portfólios utilizando Computação Quântica, com o objetivo de desenvolver métodos para maximizar retornos e minimizar riscos de investimentos. Esta parceria com a USP marca o Bradesco como o primeiro banco no Brasil a explorar soluções para problemas financeiros complexos por meio da Computação Quântica. “Estamos animados em explorar o potencial dessa tecnologia para enfrentar desafios financeiros de maneira inovadora e acreditamos que essa colaboração trará avanços significativos em um futuro próximo”, afirma Edilson Reis, CIO do Bradesco.
Projeto
O segundo projeto visa desenvolver uma solução de IA Generativa para extrair e analisar dados de textos, gráficos e imagens de cartas de debêntures. A IA Gerada irá produzir recomendações para aprimorar a tomada de decisões por gestores de fundos de maneira mais rápida e precisa.
O terceiro projeto foca na evolução dos assistentes conversacionais, buscando torná-los mais eficientes e especializados em domínios complexos, melhorando a fluidez e a coesão das interações, além de aprimorar habilidades como a desambiguação de informações e a integração de contextos de conversa.
O quarto projeto explora o tema de “Aprendizado de Máquina Adversarial”, que visa proteger algoritmos de IA contra ataques cibernéticos. Esse projeto surge da interseção entre IA e Cibersegurança, e o Bradesco é o primeiro banco brasileiro a investir em pesquisas nesta área emergente. Em colaboração com o InovaUSP, o LARC e o Centro de Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina, o projeto busca garantir a segurança dos serviços de IA Generativa. “Com este projeto, o Bradesco se posiciona como pioneiro no investimento em pesquisa de segurança para IA, um campo crucial para a disponibilização segura de serviços de IA Generativa”, destaca Edilson Reis.
“O compromisso do Bradesco em explorar novas fronteiras da tecnologia e do conhecimento é evidenciado por mais esta parceria com a USP. Nosso objetivo é impulsionar a inovação, antecipar desafios e oferecer soluções avançadas aos nossos clientes”, acrescenta o CIO.
Além disso, a parceria com a USP também visa preencher lacunas na formação de profissionais especializados, incentivando a pesquisa acadêmica e promovendo o avanço científico e tecnológico no Brasil, enquanto identifica talentos para o mercado e para o próprio Bradesco.
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