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Economia

Economia recua 0,1% na passagem de junho para julho

Monitor do PIB, da FGV.

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A economia brasileira apresentou uma queda de 0,1% na passagem de junho para julho, de acordo com o Monitor do PIB, elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar desse recuo, o trimestre móvel encerrado em julho registrou alta de 3,4% em comparação ao mesmo período de 2023. No acumulado de 12 meses, o crescimento da economia foi de 2,7%, enquanto o aumento em julho de 2024, em relação ao mesmo mês do ano anterior, foi de 5,4%.

Segundo a economista Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, o recuo de 0,1% interrompeu uma sequência de oito meses consecutivos de crescimento. Apesar da queda, ela ressalta que sua magnitude é pequena, especialmente após o forte avanço de 1,6% em junho, o maior do ano até o momento. Setores como a indústria e o consumo das famílias, que tiveram destaque no PIB do segundo trimestre, registraram retração. Por outro lado, o setor de serviços e os investimentos continuam em expansão, sendo o primeiro o mais relevante para a atividade econômica e o segundo o principal motor da ampliação da capacidade produtiva.

A FGV também realiza uma análise baseada em trimestres móveis para melhor compreender a trajetória da economia. No trimestre encerrado em julho, o consumo das famílias cresceu 4,5%, com avanço em todas as categorias: produtos não duráveis, duráveis, semiduráveis e serviços. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede os investimentos, cresceu 6%, com destaque para o segmento de máquinas e equipamentos.

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As exportações cresceram 0,7%, embora em ritmo desacelerado em comparação aos trimestres anteriores. No trimestre encerrado em abril, a alta havia sido de 11,8%, com a desaceleração atribuída à menor contribuição dos produtos agropecuários. As importações, por sua vez, cresceram 16%, o maior resultado do ano, o que atua como redutor do PIB, já que bens e serviços adquiridos do exterior deixam de ser produzidos internamente.

Em termos monetários, o PIB acumulado até julho foi estimado em R$ 6,587 trilhões. O Monitor do PIB da FGV é uma das prévias da atividade econômica do Brasil, ao lado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que indicou uma retração de 0,4% em julho e uma alta de 3,2% no trimestre em relação ao mesmo período de 2023, com crescimento de 2% em 12 meses. O resultado oficial do PIB, divulgado pelo IBGE, apontou uma expansão de 2,5% em 12 meses até o segundo trimestre de 2024.

(Com Agência Brasil).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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