Empresas
Petrobras tem interesse em projeto da Galp na Namíbia
Companhia é uma empresa de capital misto.
A Petrobras (PETR3; PETR4) está focada em adquirir uma participação de 40% no projeto de exploração de petróleo que a Galp possui na Namíbia. Sylvia dos Anjos, diretora da petrolífera brasileira, afirmou que a companhia não pretende abrir mão desse percentual para gerenciar a operação do projeto, ressaltando que “a Galp ofereceu a operação, e ninguém opera com menos de 40%”.
Durante uma conferência de petróleo e gás no Rio de Janeiro, a diretora explicou que a Petrobras já apresentou uma oferta não vinculativa no contexto de um processo competitivo aberto pela Galp, mas até agora não houve progressos significativos nessa negociação.
Desde abril, a Galp, que detém 80% do bloco de exploração PEL 83, expressou sua disposição em vender uma participação de 40%. Os outros 20% do bloco estão divididos igualmente entre a Corporação Nacional do Petróleo da Namíbia (NAMCOR) e a Custos Energy. Além da Petrobras, outras grandes petrolíferas, como Shell e Exxon, demonstraram interesse pela mesma fatia, embora a Exxon tenha desistido da disputa, conforme noticiado em 9 de setembro.
Petrobras (PETR3; PETR4)
O consórcio liderado pela Galp recebeu a licença de exploração em 2016, mas somente no início deste ano a empresa obteve evidências mais concretas sobre o potencial lucrativo dos ativos na Namíbia. Em janeiro, a Galp anunciou a descoberta de petróleo leve na bacia de Orange e, em abril, divulgou a estimativa de que poderia extrair pelo menos 10 bilhões de barris de petróleo.
Em outra frente, a Petrobras também comunicou que não pretende antecipar reajustes nos preços dos combustíveis, apesar da recente queda nos preços internacionais do petróleo. Claudio Romeo Schlosser, diretor executivo de Logística, Comercialização e Mercados da companhia, destacou que a estratégia da estatal é proteger o mercado interno da volatilidade externa. “O reajuste de combustíveis não depende só da cotação do petróleo”, ressaltou em entrevista coletiva, explicando que a análise leva em conta ativos e logística da empresa, além das cotações internacionais.
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