Empresas
Petrobras pretende reformar estaleiros
Companhia é uma empresa de capital misto.
A presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), Magda Chambriard, anunciou que a empresa planeja reformar várias plataformas para prolongar sua vida útil e melhorar a viabilidade econômica de projetos maduros de produção.
Essa reforma será realizada no Brasil. “Se conseguirmos reformar as plataformas P-35, P-37 e P-47, faremos isso em estaleiros nacionais. Temos estaleiros com dique seco em Pernambuco, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. A indústria brasileira pode contar com nosso apoio”, afirmou.
Magda também mencionou que a P-19 pode ser incluída no projeto de recondicionamento. As declarações foram feitas durante a ROG.e, o maior evento do setor de óleo e gás do Brasil, que acontece esta semana no Rio de Janeiro.
Petrobras (PETR3; PETR4)
Ela ressaltou que as unidades estão se tornando “cada vez mais pesadas e caras”, tornando-as antieconômicas, o que normalmente levaria ao descomissionamento. No entanto, essa situação será evitada para as plataformas mencionadas. “Estamos enfrentando plataformas tão caras e sofisticadas que uma oportunidade de 500 milhões de barris, que é viável em qualquer parte do mundo, está se tornando antieconômica no Brasil”, completou.
Margem Equatorial
Em outro painel da ROG.e, Magda Chambriard afirmou que o Brasil está dez anos atrasado na exploração e produção de petróleo na Margem Equatorial, uma vasta área petrolífera que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte.
A presidente lembrou que, em 2013, a ANP leiloou áreas de petróleo na Margem Equatorial para diversificar os investimentos, em contraste com o foco no pré-sal no Sudeste. Contudo, entraves ambientais resultaram na inatividade dessas áreas em águas profundas.
“Na época do leilão da ANP, havia potencial projetado de reservas na Guiana e Suriname. [Dez anos depois], a Guiana e o Suriname avançaram, enquanto o Brasil ainda está devendo”, disse. Magda destacou que o petróleo é atualmente o principal produto das exportações brasileiras e expressou esperança de que o país não retorne a um cenário de “importação custosa” após tanto esforço para se tornar exportador. Ela enfatizou a necessidade de repor reservas.
YPF
A companhia também firmou um acordo com a petroleira argentina YPF para avaliar o desenvolvimento conjunto de negócios na exploração e produção de petróleo. O acordo, que é não vinculante, terá validade de três anos e inclui a cooperação tecnológica entre as duas empresas, com foco no compartilhamento de conhecimentos em áreas complementares.
A YPF opera o campo Rio Neuquén na Argentina, onde a Petrobras é parceira. Este campo está situado na Bacia Neuquén, uma das principais bacias sedimentares da Argentina, conhecida por seus recursos de petróleo e gás não convencionais.
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