Economia
Desigualdade salarial no Brasil: afinal, quem realmente é considerado rico?
Pirâmide salarial no Brasil indica altos índices de desigualdade, com a maioria vivendo com baixos salários.
A discussão sobre a pirâmide salarial no Brasil é cada vez mais relevante. A desigualdade de renda no país é notável e nos leva a questionar quem realmente pode ser considerado rico. A análise dessa estrutura é essencial para entender as disparidades e os desafios econômicos.
Uma pirâmide salarial ilustra a distribuição dos rendimentos em uma sociedade, sendo que a base representa a maioria com salários mais baixos e, à medida que se sobe, os salários aumentam.
No Brasil, essa pirâmide revela uma grande desigualdade de rendimentos.
Para ser considerado rico, precisa ganhar quanto no Brasil? – Imagem: Vergani Fotografia/Shutterstock
Pirâmide salarial no Brasil: características
Dados do IBGE mostram que a maioria dos brasileiros está nos estratos inferiores da pirâmide salarial. Em 2015, as porcentagens de pessoas por classes de rendimento mensal eram:
- Até 1/2 salário mínimo – 6,95%;
- Entre 1/2 e 1 salário mínimo – 16,95%;
- Entre 1 e 2 salários mínimos – 34,85%;
- Entre 2 e 3 salários mínimos – 12,36%;
- Entre 3 e 5 salários mínimos – 8,69%;
- Entre 5 e 10 salários mínimos – 5,65%;
- Entre 10 e 20 salários mínimos – 1,97%;
- Mais de 20 salários mínimos – 0,6%.
Dessa forma, vemos que boa parte da população sobrevive com no máximo três salários mínimos, refletindo as disparidades socioeconômicas e a informalidade no mercado de trabalho.
Em 2022, a renda média real domiciliar per capita da metade mais pobre foi de R$ 537 mensais, segundo o IBGE. Ou seja, aproximadamente 107 milhões de brasileiros viviam com apenas R$ 17,90 por dia.
Os dados também revelam que 67,19% dos trabalhadores recebiam até R$ 2.424 mensais. Entre os mais desfavorecidos, 35,63% da população ganhava até um salário mínimo, e 31,56% recebia entre um e dois salários mínimos.
Quem é considerado rico no Brasil?
No Brasil, uma pessoa é considerada rica quando possui alta renda e patrimônio significativo. Normalmente, são indivíduos em cargos de alto escalão, donos de negócios ou com grandes investimentos. Em 2022, o 1% mais rico tinha uma renda média mensal de R$ 17.447.
Este pequeno grupo ainda possui uma renda média 32,5 vezes maior que a da metade mais pobre da população. Em 2021, essa diferença era de 38,4 vezes, mostrando uma leve melhoria na desigualdade.
Como ascender na pirâmide salarial
Para aumentar a faixa de renda no Brasil, é possível adotar várias estratégias.
- Investir em educação continuada;
- Ampliar o networking profissional;
- Aprimorar habilidades técnicas e interpessoais;
- Buscar promoções internas;
- Empreender um negócio próprio;
- Diversificar investimentos financeiros;
- Planejar financeiramente;
- Considerar mobilidade geográfica;
- Negociar salários adequadamente;
- Demonstrar proatividade no trabalho.
Embora seja um desafio, essas atitudes podem ajudar a melhorar a renda e proporcionar uma melhor qualidade de vida. As políticas públicas também têm um papel crucial na redistribuição de renda para alcançar maior equidade.
*Com informações e dados do IBGE.
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