Mercado de Trabalho
Entenda como a dependência de celulares tem ameaçado trabalhadores
Pesquisa revela que o uso exagerado de celulares impacta saúde mental e empregabilidade no Brasil.
Em um cenário global cada vez mais interligado pela tecnologia, os smartphones tornaram-se fundamentais na rotina de muitos.
Contudo, um estudo do portal Nomophobia aponta um efeito colateral preocupante: uma dependência que já custou o emprego de 13% da população no Brasil.
A pesquisa, que entrevistou mais de 3 mil latino-americanos, revela um elo prejudicial entre o uso de dispositivos móveis e a vida profissional, especialmente no Brasil.
O artigo analisa ainda os impactos do uso excessivo de celulares e suas implicações no mercado de trabalho.
Brasileiros têm perdido o emprego por passarem muito tempo no celular – Imagem: reprodução
Dependência de celulares no Brasil
Dos brasileiros entrevistados, 79% relataram uso excessivo de celulares, o que vai além do entretenimento, afetando o desempenho profissional e a empregabilidade.
A falta de controle pode levar a comportamentos prejudiciais, como distração e dificuldade de concentração, mesmo em atividades mais simples.
Entre os 758 brasileiros pesquisados, 74% verificam seus telefones várias vezes ao dia, mesmo sem notificações. Sem seus dispositivos, 71% dos entrevistados sentem-se “perdidos”.
O hábito sugere que a tecnologia domina a vida cotidiana, impactando negativamente a saúde mental e a produtividade.
Causas do desemprego relacionadas aos celulares
Um dos principais fatores de desemprego é a distração gerada pelos celulares no ambiente de trabalho.
Funcionários que checam frequentemente redes sociais ou mensagens comprometem a produtividade, resultando em avaliações negativas e possíveis demissões.
Além da distração, a ansiedade de estar sempre conectado prejudica o desempenho profissional.
O estudo indica que 60% dos brasileiros sentem ansiedade quando estão longe dos celulares, o que prejudica a concentração e o desempenho, aumentando o risco de desemprego.
Nomofobia: o que é?
Trata-se do medo de ficar sem celular. Patrick O’Neill, fundador do site Nomophobia.com, destaca que essa condição está crescendo no Brasil.
Com 87% da população dependente, as consequências são graves, afetando a saúde mental e a vida profissional.
Nomofobia na América Latina
Na região, 66% dos entrevistados sentem necessidade de verificar celulares frequentemente. Essa compulsão gera problemas psicológicos e interfere na qualidade de vida e na capacidade de concentração em atividades profissionais.
Celular no cotidiano
Usos comuns
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85% em transações financeiras;
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70% para entretenimento;
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57% para educação a distância.
Essa versatilidade, entretanto, não justifica o uso irresponsável e excessivo dos dispositivos.
Comportamentos curiosos
O estudo destaca posturas surpreendentes.
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20% dos brasileiros usam celulares em eventos religiosos;
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11% usam o aparelho enquanto pedalam;
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4%, durante relações sexuais.
Tais hábitos mostram a penetração da tecnologia em momentos que exigem atenção e respeito.
Estratégias para reduzir a dependência de celulares
Conscientização
É fundamental entender o impacto da dependência em aspectos pessoais e profissionais, por meio de campanhas educativas sobre o uso saudável da tecnologia.
Estabelecimento de limites
Isso pode envolver a definição de horários para consultar mensagens e redes sociais, além de criar zonas sem celular, como durante as refeições, reuniões de trabalho e conversas presenciais.
Promoção de atividades off-line
Atividades sem tecnologia, como esportes, leitura e socialização presencial, podem reduzir a dependência de celulares e promover relacionamentos saudáveis.
O vínculo entre o uso excessivo de celulares e o desemprego no Brasil requer atenção. Os dados da pesquisa do Nomophobia.com alertam para os riscos da dependência tecnológica.
Com conscientização, limites e incentivo a atividades off-line, é possível minimizar os efeitos negativos e proteger a saúde mental e a empregabilidade dos brasileiros.
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