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Economia

Trump: possível retorno à Casa Branca terá implicações para o Brasil?

O megaempresário quer voltar à sala oval.

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Com a possibilidade de Donald Trump retornar à presidência dos Estados Unidos em 2025, as repercussões para o Brasil têm sido alvo de debates no meio político e econômico. A postura agressiva de Trump em questões comerciais e ambientais, além de sua agenda protecionista, levanta dúvidas sobre os efeitos de sua volta ao poder para as relações entre os dois países.

Prós para o Brasil

Um dos principais pontos positivos seria a continuidade da parceria entre Brasil e Estados Unidos em pautas comerciais. Durante o governo de Jair Bolsonaro, o alinhamento ideológico com Trump resultou em uma maior aproximação diplomática, com acordos comerciais pontuais e um diálogo mais aberto entre os dois países. O Brasil pode se beneficiar de acordos bilaterais, principalmente em setores como agronegócio, energia e mineração.

Outro fator potencialmente positivo seria a redução da pressão sobre o Brasil em questões ambientais. Trump foi crítico dos acordos climáticos internacionais, como o Acordo de Paris, e a possibilidade de um segundo mandato pode significar menos pressão sobre o Brasil em relação ao desmatamento na Amazônia, uma questão que gerou tensões com o governo Biden. Com Trump, o Brasil poderia ter mais liberdade para conduzir sua política ambiental, embora isso também seja controverso.

Contras para o Brasil

Por outro lado, um retorno de Trump à presidência também traz desafios para o Brasil. A política protecionista de “America First” (América em Primeiro Lugar) tende a favorecer a produção interna dos EUA em detrimento de importações, o que pode impactar as exportações brasileiras para o país, especialmente no agronegócio, um dos principais pilares da balança comercial entre as duas nações. Sob Trump, barreiras comerciais podem ser reinstauradas ou reforçadas, afetando o fluxo de exportação de produtos brasileiros como soja, carne e aço.

Além disso, o Brasil pode enfrentar dificuldades no contexto global com uma postura americana mais isolacionista. A retirada de Trump de acordos multilaterais e seu desinteresse por alianças globais pode enfraquecer a cooperação internacional, impactando negativamente o Brasil em áreas como segurança e economia. O enfraquecimento de instituições como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o desdém por parcerias estratégicas podem deixar o Brasil mais vulnerável em um cenário geopolítico incerto.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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