Caixa Econômica pretende fortalecer o ‘Plano Safra da Indústria’

O governo federal pretende anunciar que a Caixa Econômica Federal reforçará o Plano Mais Produção, também conhecido como “Plano Safra” da indústria. O programa, que receberá um aporte de R$ 63 bilhões da Caixa, prevê a disponibilização de mais de R$ 405 bilhões em linhas de crédito até 2026, voltadas ao desenvolvimento industrial.

Além da Caixa, outras instituições que fazem parte do Plano Mais Produção incluem o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Banco do Nordeste (BNB), Banco da Amazônia (Basa) e Embrapii. O anúncio ocorrerá durante a cerimônia de aprimoramento da Missão 3 da Nova Indústria Brasil (NIB), uma política industrial do governo Lula focada em fortalecer a infraestrutura urbana com projetos voltados para mobilidade sustentável, moradia, infraestrutura e saneamento básico.

Trata-se de um pacote de R$ 1,6 trilhão em investimentos na Missão 3 até 2029, sendo 75% desse valor financiado pela iniciativa privada. Entre os recursos públicos, o Plano Mais Produção contribuirá com R$ 113,7 bilhões, com R$ 48,6 bilhões já aplicados desde 2023 e mais R$ 65,1 bilhões previstos até 2026. Para infraestrutura e habitação, somam-se R$ 492,4 bilhões da Caixa, BNB e BNDES, destinados a obras do PAC e ao programa Minha Casa Minha Vida.

Plano Safra da Indústria

Vale destacar que a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) anunciou aportes de R$ 833 bilhões, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), R$ 222,5 bilhões, e a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), R$ 1,6 bilhão, totalizando R$ 1,05 trilhão em investimentos até 2029.

Entre as metas, a Missão 3 buscará ampliar a presença de veículos eletrificados no Brasil, com 3% dos veículos nacionais utilizando baterias locais até 2026 e 33% até 2033. Também pretende viabilizar dois milhões de novas moradias pelo Minha Casa Minha Vida até 2026, das quais 500 mil contarão com painéis solares. Até 2033, a meta é alcançar 6,9 milhões de habitações, sendo 1,4 milhão com energia fotovoltaica.