Economia
Número de cédulas em circulação caiu, e o ‘culpado’ é o Pix; entenda
Hoje em dia, a maioria dos brasileiros prefere realizar transações digitais.
Nos últimos anos, o Brasil tem assistido a uma diminuição significativa na circulação de cédulas. Em 2020, o país atingiu um recorde com R$ 370 bilhões em circulação nas formas física e eletrônica.
Este crescimento parecia natural, considerando a tendência contínua de aumento do volume monetário impulsionado pelo Banco Central. Contudo, essa tendência sofreu alterações.
Em 2020, a economia brasileira contava com R$ 8,3 trilhões, incluindo depósitos e investimentos. Deste montante, R$ 370 bilhões estavam em cédulas, representando 4,45%. Já em setembro de 2022, a situação mudou: o total subiu para R$ 10,1 trilhões, enquanto as cédulas caíram para R$ 319 bilhões, ou apenas 3,15% do total.
A razão para essa mudança pode ser encontrada na adoção massiva de alternativas digitais para pagamentos. O destaque é o Pix, que transformou a forma como os brasileiros realizam transações financeiras.
Desde seu lançamento em novembro de 2020, o método de pagamento cresceu rapidamente em popularidade e uso.
O impacto do Pix nas transações financeiras
As notas podem se tornar apenas itens de coleção em breve – Imagem: reprodução
Desde o início de sua operação, com 35 milhões de transações em novembro de 2020, o Pix apresentou um crescimento exponencial. Hoje, o sistema realiza mais de 2 bilhões de transações mensais, uma tendência que continua a aumentar.
Enquanto isso, o número de brasileiros cadastrados no Pix chegou a impressionantes 135 milhões. Isso representa 84% da população adulta do Brasil, estimada em 160 milhões de pessoas, em um país com uma população total de 215 milhões.
O sucesso das transações instantâneas é ainda mais notável quando consideramos que apenas 54% dos brasileiros têm acesso a redes de esgoto. Isso demonstra uma capacidade de rápida adaptação à tecnologia, mesmo em meio a desafios de infraestrutura básica.
O futuro das transações financeiras no Brasil
A queda na circulação de cédulas aponta para um futuro onde as transações digitais dominam. O uso crescente do Pix sugere que essa tendência deve continuar, moldando a economia brasileira de novas maneiras.
Embora o dinheiro físico ainda desempenhe um papel importante, é claro que o Brasil está se movendo em direção a um modelo econômico cada vez mais digital.
O Pix, com sua aceitação generalizada e conveniência, pode ser o principal motor dessa transformação.
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