BNDES: Volume de crédito direcionado à indústria supera agro

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou, pela primeira vez desde 2016, um volume de crédito aprovado para a indústria superior ao do agronegócio. Até setembro, o setor industrial representou 27% do total de operações do BNDES, enquanto o agronegócio ficou com 26%. No acumulado até o mês, o BNDES aprovou R$ 154 bilhões para a Nova Indústria Brasil, sendo R$ 9 bilhões destinados exclusivamente a projetos de inovação — o maior valor já alcançado pela instituição nessa área.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a importância dessa mudança para a economia brasileira. “O Brasil experimenta uma nova qualidade de crescimento, liderado pela indústria e pelos investimentos. O desafio agora é manter esses resultados promissores, que demonstram confiança no investimento e na expansão da capacidade produtiva. Esse crescimento reflete um cenário macroeconômico favorável e iniciativas como a Nova Indústria Brasil, que impulsionam uma indústria digital, sustentável e voltada para a exportação.”

Em termos de emprego, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial cresceu 1,1% em setembro em relação ao mês anterior, com destaque para o aumento de 4,2% na fabricação de bens de capital. A taxa de desocupação no Brasil também caiu para 6,4% no trimestre de julho a setembro, a segunda menor desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012, com o setor industrial contribuindo com um crescimento de 3,2% no nível de emprego no período.

BNDES

O BNDES é uma instituição financeira pública brasileira, criada em 1952, voltada para o apoio ao desenvolvimento econômico e social do Brasil. Atuando principalmente por meio da concessão de crédito, o BNDES financia projetos em diversas áreas, incluindo infraestrutura, inovação, sustentabilidade e apoio a pequenas e médias empresas.

Além de promover a modernização e expansão de setores estratégicos, o banco também visa estimular o crescimento sustentável, a criação de empregos e o aumento da competitividade da economia brasileira. A instituição tem um papel relevante em políticas públicas, sendo fundamental no incentivo a projetos que buscam fomentar o desenvolvimento regional, ambiental e social.

(Com Agência Brasil).