Economia
EaD pode aumentar o acesso ao ensino público superior, aponta relatório
Academia Brasileira de Ciências.
A Academia Brasileira de Ciências (ABC) apresentou, dia 7, um relatório com propostas para melhorar o ensino superior público no Brasil e ampliar o acesso à educação de qualidade. Entre as recomendações estão a criação de faculdades federais focadas exclusivamente no ensino, a ampliação de cursos noturnos e o fortalecimento do ensino a distância (EaD). Essas iniciativas visam democratizar o ensino superior e tornar o acesso mais flexível para os estudantes.
O relatório, intitulado *Um olhar sobre o ensino superior no Brasil*, sugere que as novas faculdades federais sejam voltadas exclusivamente para a formação de profissionais, reduzindo os custos por aluno e permitindo uma expansão mais ágil de vagas no ensino superior. Diferente das universidades federais, que também atuam em pesquisa e extensão, essas faculdades priorizariam a formação, ampliando o acesso à educação pública e atendendo às necessidades dos estudantes, como maior flexibilidade e cursos noturnos.
Com apenas 22% da população brasileira entre 25 e 34 anos possuindo diploma universitário — menos da metade da média de 47% dos países da OCDE —, o professor Rodrigo Capaz, da UFRJ e membro da ABC, defende que o país precisa urgentemente investir em alternativas mais acessíveis de ensino superior.
EaD
Além das faculdades federais, o relatório propõe a criação de Centros de Formação em Áreas Estratégicas (CFAEs) dentro das universidades públicas, focados em setores cruciais para o desenvolvimento nacional, como bioeconomia, agronegócio, transição energética, saúde e bem-estar, inteligência artificial e tecnologias quânticas.
No campo do ensino a distância, o documento sugere ampliar a oferta de cursos públicos nessa modalidade. A ABC destaca que, entre 2011 e 2021, o número de estudantes em EaD cresceu 474%, enquanto os cursos presenciais perderam adesão. Porém, diante da necessidade de garantir qualidade, o Ministério da Educação suspendeu a criação de novas vagas em EaD até 2025 para revisar as regulamentações. Atualmente, a maior parte das vagas EaD é oferecida pelo setor privado, e a ABC sugere que as instituições públicas também invistam mais nessa modalidade, especialmente para atender alunos em regiões remotas ou com necessidades de horários flexíveis.
O relatório chega em meio a um cenário de restrições orçamentárias, mas a ABC defende que a educação deve ser tratada como prioridade nacional. Para Helena Nader, presidente da ABC, sem uma educação robusta, o país não alcançará estabilidade econômica nem justiça social, especialmente em uma era de mudanças aceleradas pela inteligência artificial.
(Com Agência Brasil).
-
Política16 horas atrás
Cidade nordestina pode perder não uma, mas DUAS praias de uma vez; entenda o caso
-
Finanças2 dias atrás
Descubra quanto você precisa ganhar para morar sozinho no Brasil
-
Tecnologia2 dias atrás
WhatsApp agora permite esconder conversas para mais privacidade
-
Agronegócio2 dias atrás
4 pequenas árvores frutíferas para cultivar até em apartamentos
-
Economia2 dias atrás
Governo antecipará R$ 1.200 do Bolsa Família para o Natal; veja datas
-
Curiosidades2 dias atrás
Marca de cerveja favorita dos brasileiros NÃO é a mais consumida
-
Loterias1 dia atrás
Quais são as chances de ganhar na Loteria Federal? Entenda como funciona
-
Carreira1 dia atrás
Perdeu a Carteira de Trabalho e precisa comprovar vínculo empregatício? Veja como fazer