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Mercado de Trabalho

Para fugir das indenizações, empresas estão adotando ‘demissão disciplinar’; veja o que significa

Aumento das demissões disciplinares pelo mundo traz à tona questionamentos sobre a rigidez das normas internas nas empresas.

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Nos últimos tempos, uma nova tendência tem se destacado no mundo corporativo: a demissão disciplinar. Essa prática, adotada por empresas em diversos países, elimina a necessidade de indenizações, tornando-se, assim, economicamente atraente para os empregadores. Contudo, a crescente rigidez das normas internas levanta preocupações.

Casos recentes envolvendo grandes corporações têm chamado a atenção para essa estratégia. A Meta, por exemplo, demitiu 20 funcionários por violação de sua política ética. As demissões ocorreram devido ao uso inadequado de vales-alimentação, destinados à compra de produtos pessoais.

Na EY, a busca por produtividade levou ao desligamento de trabalhadores que, ao dobrarem a carga de cursos, infringiram as normas internas.

Na Espanha, um caso curioso chamou a atenção: um funcionário foi demitido por comer um croquete que deveria ser descartado.

A situação acabou na Justiça e evidenciou o crescente uso dessa prática no país. Estima-se que 54% das demissões na Espanha sejam disciplinares, privando muitos de compensações.

Cenário global das demissões disciplinares

Foto: Shutterstock

Não apenas na Espanha, mas globalmente, as demissões disciplinares têm se tornado uma estratégia comum. Ao abolir compensações financeiras, essas demissões são vistas como vantajosas para as empresas.

No entanto, o impacto sobre os funcionários e a transparência das normas internas são frequentemente questionados.

Motivos para demissão disciplinar:

  • Quebra de normas internas;
  • Uso inadequado de benefícios;
  • Pressão por produtividade excessiva.

Impactos e questionamentos

Para os trabalhadores, essa prática pode resultar em prazos irrealistas e pressões excessivas. Leo Martin, CEO da GoodCorporation, destaca que tais situações minam a confiança entre empregador e empregado. O desafio reside em encontrar um equilíbrio onde as normas sejam claras e justas para ambas as partes.

Embora as demissões disciplinares possam ser vistas como uma solução econômica para as empresas, é crucial ponderar até que ponto a rigidez das normas pode prejudicar a relação com os colaboradores.

A busca por um ambiente de trabalho equilibrado e justo deve ser uma prioridade nas discussões empresariais.

Formado em Publicidade e Propaganda pela UFG, deu seus primeiros passos como redator júnior na agência experimental Inova. Dos estágios, atuou como assessor de comunicação na Assembleia Legislativa de Goiás e produtor de conteúdo na empresa VS3 Digital.

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